As dificuldades do atual modelo

do saneamento para prestação de serviços

públicos de abastecimento de água em

tempos de escassez são objeto de discussão

e demandam uma análise que promova

inovação tecnológica e regulatória. O objetivo

é apresentar diagnóstico construído em

São Paulo junto a concessionária, agência

reguladora, municipalidades e acadêmicos,

que identificaram as diferentes visões quando

os serviços públicos de abastecimento de

água são afetados por uma crise hídrica,

bem como a inovação dos atos de gestão

empresarial e regulatória para enfrentamento

da crise hídrica de 2015. Com recursos

metodológicos multivariados foram realizadas

entrevistas, aplicados questionários a 175

especialistas do setor no intervalo de 2015 a

2016, que demonstraram lacunas da gestão

e recomendações para tomada de decisão.

Os entrevistados foram unanimes em sugerir

inovação na atuação no setor, por ordem de

importância: gestão da oferta - conservação dos

recursos hídricos e gestão de perdas, seguida

da gestão da demanda por programas de uso

racional de água. As referências inovadoras

adotadas no Estado de São Paulo no contexto

empresarial foram: gestão da oferta com obras

para transferência de recursos hídricos no

sistema integrado metropolitano e combate à

perdas; no contexto institucional: celebração de

um pacto federativo para gestão compartilhada

entre estados usuários da bacia hidrográfica;

no contexto regulatório: gestão da demanda

por criação de tarifa de contingência (ônus)

e incentivos financeiros através de descontos

(bônus) para incentivo ao uso racional da água.

Também foram realizados mutirões junto aos

usuários de comunidades para mobilização no

combate ao desperdício.