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capa do ebook ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS DE FAMÍLIAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM MUNICÍPIO DO NOROESTE GAÚCHO

ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS DE FAMÍLIAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM MUNICÍPIO DO NOROESTE GAÚCHO

A utilização inadequada dos medicamentos pela população tem levado a um grande número de intoxicações e mortes. Um dos propósitos do uso racional de medicamentos é evitar a automedicação, entendida como a prática de ingerir substâncias químicas com ação medicamentosa sem o aconselhamento e acompanhamento de um profissional qualificado, realizada quando o indivíduo utiliza desse artifício para curar ou aliviar algum sintoma. Este trabalho teve como objetivo avaliar o estoque domiciliar de medicamentos em famílias atendidas pelas ESFs (Estratégias de Saúde da Família) de um município do noroeste gaúcho. A pesquisa seguiu um modelo de estudo populacional, prospectivo e transversal. Os dados apresentados referem-se a 833 moradores do município entrevistados em seus domicílios. Utilizou-se como como instrumento de pesquisa um questionário e as variáveis analisadas foram: sexo, escolaridade e idade, além de questões relativas ao uso, armazenamento e descarte de medicamentos. Dentre os 76.275 habitantes do município, foram visitados 285 domicílios, dos quais, 90,53% possuíam “farmácia caseira”. Dentre estes, encontrou-se 1.259 medicamentos, compreendendo 556 diferentes especialidades, com predomínio daqueles que agem no sistema nervoso. A cozinha, foi o local escolhido para guardar os medicamentos na maioria dos domicílios. Os moradores dizem descartar (15,77%), ou reaproveitar (19,92%) os medicamentos, e, em alguns casos, foram encontrados medicamentos vencidos (12,04%). Os moradores relatam descartá-los no lixo comum. A maioria dos entrevistados demonstrou não ter informações sobre os medicamentos que possuem em suas residências, bem como estes devem ser tomados, armazenados e descartados. Observou-se grande quantidade de medicamentos nos domicílios, o que pode contribuir para a automedicação e intoxicações. Um trabalho de educação em saúde sobre o uso racional de medicamentos, de forma multiprofissional ou interprofissional pela equipe de saúde da família em conjunto com a assistência farmacêutica poderia contribuir para a melhor utilização dos medicamentos e reduzir os custos com os mesmos.

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ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS DE FAMÍLIAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM MUNICÍPIO DO NOROESTE GAÚCHO

  • DOI: 10.22533/at.ed.984212203217

  • Palavras-chave: Armazenamento de Medicamentos, Estratégia de Saúde da Família, Agente Comunitário de Saúde, Automedicação, Uso de Medicamentos

  • Keywords: Drug storage, Family Health Strategy, Communitary Health Worker, Self medication, Drug utilization

  • Abstract:

    The inappropriate use of medicines by the population has led to a large number of intoxications and deaths. One of the purposes of the rational use of medicines is to avoid self-medication, understood as the practice of ingesting chemical substances with medicinal action without the advice and monitoring of a qualified professional, performed when the individual uses this practice to cure or relieve some symptom. This study aimed to evaluate the home stock of medicines in families attended by the FHS (Family Health Strategies) in a municipality from the northwest of the State. The research followed a population-based, prospective and cross-sectional study model. The data presented refer to 833 residents of the municipality, who were interviewed at home. A questionnaire was used as a research instrument and the variables analyzed were: sex, education and age, as well as questions related to the use, storage and disposal of medicines. Among the 76,275 inhabitants of the municipality, 285 residences were visited, of which, 90.53% had a “home pharmacy”. Among these, 1,259 drugs were found, comprising 556 different specialties, with a predominance of those that act on the nervous system. The kitchen was the chosen place to store medicines in most households. Residents say they discard (15.77%), or reuse (19.92%) medicines, and in some cases, expired medicines (12.04%) were found. Residents report discarding them in the common garbage. Most of the interviewees demonstrated that they did not have information about the medications they have in their homes, as well as how these should be taken, stored and discarded. A large number of medications were observed in the households, which can contribute to self-medication and intoxications. A health education work on the rational use of medicines, in a multiprofessional or interprofessional way by the family health team, together with pharmaceutical assistance, could contribute to a better use of medicines and reduce their costs.

  • Número de páginas: 15

  • Raiza Lima do Carmo
  • Ana Paula Rosinski Bueno
  • Cristiane de Pellegrin Kratz
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