ESTENOSE AÓRTICA: ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS, DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS
A estenose aórtica é a valvulopatia de maior incidência na população geral, porém prevalente em idosos. Dentre os fatores de risco, destacam-se adultos do sexo masculino com idade avançada, apresentando dislipidemias, aspecto genético, tabagismo e hipertensão arterial sistêmica. Tendo em vista que esses fatores são comuns na sociedade atual, foi realizado uma revisão bibliográfica nas bases de dados sobre a clínica, epidemiologia, fisiopatologia e tratamento da estenose aórtica com estudos obtidos nos últimos onze anos com o objetivo de elucidar sobre esse problema de saúde. A evolução para a estenose é favorecida pela presença dos fatores de risco que causam uma degeneração da área valvar aórtica através do processo de calcificação. O quadro clínico é geralmente assintomático, porém pode-se apresentar dispneia, angina, sincope, presença de sopros sistólicos ejetivo com pico telessistólico, hipofonese de B1 e B2 ou um desdobramento paradoxal de B2 na ausculta cardíaca. Para realizar o diagnóstico, o padrão ouro é a ecocardiografia com doppler (ECO). No tratamento, a intervenção cirúrgica é indicada quando o paciente é sintomático, ou assintomático com programação de outra cirurgia cardíaca ou sem sintomas com complicações. Para pacientes com baixo e intermediário risco, a primeira escolha é a troca valvar aórtica. Nos casos de alto risco cirúrgico e contraindicação à cirurgia convencional, há o implante de bioprótese aórtica transcateter (TAVI). Se o paciente apresentar contraindicação para esses dois tipos de cirurgia, realiza-se a valvoplastia aórtica por catéter-balão. Tendo em vista que a prevalência e a taxa de mortalidade têm crescido nos últimos anos, os dados apresentados contribuirão para a elucidação das características da estenose aórtica permitindo reconhecer a melhor forma de manejar a doença. Assim, a intervenção clínica poderá ser ampla desde a promoção a saúde até a fase terapêutica.
ESTENOSE AÓRTICA: ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS, DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS
-
DOI: 10.22533/at.ed.56621040810
-
Palavras-chave: Estenose da Valva Aórtica, Cardiopatia, Epidemiologia, Diagnóstico, Tratamento.
-
Keywords: Aortic Valve Stenosis, Heart Disease, Epidemiology, Diagnosis, Treatment.
-
Abstract:
Aortic stenosis is a valvulopathy with an incidence of 0.4% of the general population, prevalent in the elderly. Among the risk factors, there are male adults with advanced age, with dyslipidemia, genetic aspect, smoking and systemic arterial hypertension. Bearing in mind that these factors are common in today's society, a bibliographic review was carried out in the databases on the clinic, epidemiology, pathophysiology and treatment of aortic stenosis with studies obtained in the last eleven years with the aim of elucidating this health problem. The evolution to stenosis is favored by the presence of risk factors that cause degeneration of the aortic valve area through the calcification process. The clinical picture is usually asymptomatic, but dyspnea, angina, syncope, ejective systolic murmurs with telessystolic peak, hypophonesis of B1 and B2 or a paradoxical split of B2 in cardiac auscultation may be present. To make the diagnosis, the gold standard is doppler echocardiography (ECO). In the treatment, surgical intervention is indicated when the patient is symptomatic, or asymptomatic with the scheduling of another cardiac surgery or without symptoms with complications. For patients with low and intermediate risk, the first choice is aortic valve replacement. In cases of high surgical risk and contraindication to conventional surgery, there is the implantation of a transcatheter aortic bioprosthesis (TAVI). If the patient has a contraindication for these two types of surgery, balloon aortic valvuloplasty is performed. Bearing in mind that the prevalence and mortality rate have increased in recent years, the data presented will contribute to the elucidation of the characteristics of aortic stenosis, allowing a better way to manage the disease. Thus, the clinical intervention may be wide ranging from health promotion to the therapeutic phase.
-
Número de páginas: 12
- Bruna Ferrari
- Gabriela Mertz Araújo
- Felipe Alves Soares
- Bruna Alves Martins
- Victor Gabriel Campelo Oliveira
- Aline Brugnera
- Nathalia Alves Vieira
- Lorhainne Márjore Gomes Bastos
- Letícia Santos Alves de Oliveira
- Neire Moura de Gouveia