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capa do ebook ESPAÇOS E IMAGINÁRIOS: A FORÇA POÉTICA DAS ÁGUAS NA PRODUÇÃO ROMANESCA DE CARLOS BARBOSA

ESPAÇOS E IMAGINÁRIOS: A FORÇA POÉTICA DAS ÁGUAS NA PRODUÇÃO ROMANESCA DE CARLOS BARBOSA

RESUMO: Faz-se, neste estudo, uma análise da produção romanesca, do escritor baiano Carlos Barbosa, tomando como foco o imaginário das águas, revelado a partir das narrativas A dama do Velho Chico (2002) e Beira de rio, correnteza: ventura e danação de um salta-muros no tempo da ditadura (2010). Procede-se a uma abordagem que apresenta o Sertão das águas do São Francisco a partir da problematização dos conceitos de regionalismo e ideário sertanejo. Esse redimensionamento revela como aquelas águas tornam-se força simbólica e elemento de releitura do espaço que outrora sempre fora representado como seco e improdutivo. Além disso, propõe-se uma discussão sobre os conceitos de imaginação formal e imaginação material, postulados por Gaston Bachelard (2013), noções a partir das quais se aborda a apropriação da água para além de elemento orgânico, percebendo-a como elemento simbólico. A questão norteadora gira em torno da captação das imagens e símbolos circunscritos à presença constante da água nas narrativas estudadas. Como metodologia, foi adotada uma análise de cunho bibliográfico, a qual se valeu da leitura das narrativas de Barbosa, bem como de textos teóricos que fundamentam as análises aqui construídas. O conceito de Sertão foi discutido e problematizado a partir de Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2009), Cláudia Pereira Vasconcelos (2012) e Ligia Chiappini (1994. 1995); a inserção da produção de Barbosa na contemporaneidade foi discutida a partir das propostas de Juliana Santini (2011, 2014), que trabalha com a ressignificação do regionalismo em obras contemporâneas. Além disso, foi discutido o conceito de imaginário, desenvolvido por Gilbert Durand (2012). Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (2015), Zilá Bernd (2007) e P. Commelin (1967), noção com que se referenda a análise dos símbolos. O estudo constata como a água redimensiona o espaço sertanejo, tornando-o plurissignificativo e como a presença marcante do elemento aquoso rompe as fronteiras regionais e mostra a universalidade da produção romanesca de Carlos Barbosa, a qual se insere num novo sentido de regionalismo.

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ESPAÇOS E IMAGINÁRIOS: A FORÇA POÉTICA DAS ÁGUAS NA PRODUÇÃO ROMANESCA DE CARLOS BARBOSA

  • DOI: 10.22533/at.ed.5712117127

  • Palavras-chave: Palavras Chave: Carlos Barbosa. Sertão das Águas. Rio São Francisco. Imaginário das águas

  • Keywords: Carlos Barbosa. Sertão das Águas. San Francisco River. Water imaginary

  • Abstract:

    ABSTRACT: In this study, an analysis of the novel production of the Bahian writer Carlos Barbosa is made, focusing on the imaginary of the waters, revealed from the narratives A dama do Velho Chico (2002) and Beira de rio, current: ventura and damnation of a wall jumper during the dictatorship (2010). It proceeds to an approach that presents the Sertão das Águas do São Francisco from the problematization of the concepts of regionalism and sertanejo ideals. This redimensioning reveals how those waters become a symbolic force and an element for reinterpreting the space that was once represented as dry and unproductive. Furthermore, it proposes a discussion on the concepts of formal imagination and material imagination, postulated by Gaston Bachelard (2013), notions from which the appropriation of water is approached beyond an organic element, perceiving it as a symbolic element. The guiding question revolves around capturing images and symbols circumscribed to the constant presence of water in the studied narratives. As a methodology, a bibliographic analysis was adopted, which drew on the reading of Barbosa's narratives, as well as theoretical texts that support the analyzes constructed here. Sertão's concept was discussed and problematized from Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2009), Cláudia Pereira Vasconcelos (2012) and Ligia Chiappini (1994. 1995); the insertion of Barbosa's production in contemporaneity was discussed based on the proposals of Juliana Santini (2011, 2014), who works with the resignification of regionalism in contemporary works. Furthermore, the concept of imaginary, developed by Gilbert Durand (2012), was discussed. Jean Chevalier and Alain Gheerbrant (2015), Zilá Bernd (2007) and P. Commelin (1967), a notion that supports the analysis of symbols. The study shows how water redimensions the sertanejo space, making it multi-significant and how the strong presence of the aqueous element breaks regional borders and shows the universality of Carlos Barbosa's novel production, which is inserted in a new sense of regionalism.

  • Número de páginas: 15

  • Joseilton Ribeiro do Bonfim
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