Em 2015, a partir da análise do

contexto escolar, o Cemefeja Paulo Freire

implementou na unidade o “Projeto piloto para a

escola de educação integral: uma proposta em

construção no cemefeja/emef Paulo Freire”. O

novo projeto, desenvolvido pela equipe escolar

trouxe mudanças importantes na organização

do trabalho pedagógico, entre elas a realização

de anamnese e avaliação diagnóstica no

momento da matrícula e a reorganização das

turmas em grupos de trabalho por necessidade

de aprendizagem. Foi observado que os alunos

de EJA ao procurar a escola após um período

de afastamento das instituições escolares vêm com experiências e conhecimentos

muito diferentes do que o que tinha quando interrompeu os estudos e, portanto,

distantes das expectativas de aprendizagem correspondentes à série/ano em que se

matricula. Assim os grupos organizados tradicionalmente em termos/anos se tornam

extremamente heterogêneos compreendendo indivíduos com necessidades muito

diferentes de aprendizagem. Considerando essa realidade a equipe pedagógica

propôs a organização de enturmações na escola a partir das necessidades reais de

aprendizagem dos indivíduos, com o objetivo de agrupar alunos com conhecimentos

próximos e necessidades comuns facilitando os trabalhos coletivos, a ajuda entre

os pares e o desenvolvimento significativo dos alunos. Para tanto foi elaborada

uma entrevista de matrícula composta de um roteiro de anamnese e uma avaliação

diagnóstica das habilidades de cálculo, solução de problemas lógicos, escrita, leitura

e compreensão de texto. A partir da análise dos dados colhidos na entrevista os

alunos são divididos nos grupos de Introdução, Desenvolvimento, Aprofundamento ou

Consolidação. A partir de 2016 foi proposta também uma turma de acolhimento, por

onde alunos matriculados no meio do ano letivo passam por um processo temporário

de adaptação à escola.