A Geografia é uma área do conhecimento que tem como cerne o estudo do espaço (re)produzido pelas sociedades, o que marca a importância dessa área para a própria compreensão da dinâmica do mundo atual. A prática pedagógica na Geografia deve ser desenvolvida de forma criativa e crítica, a fim de instigar os sujeitos a pensarem cotidianamente o espaço, enxergando as nuances que o permeiam. Nas instituições de ensino um desafio se faz presente: a dinamização dos processos de ensino e de aprendizagem da citada área do conhecimento que, muitas vezes, ainda é tratada de forma tradicional e descontextualizada da realidade dos discentes. Este artigo traz, portanto, reflexões sobre a contribuição do lúdico nos processos de ensino e aprendizagem da Geografia, tendo como campo de estudo experiências desenvolvidas no âmbito do Curso de Licenciatura em Geografia do IFBA, campus Salvador. Aqui, o lúdico é compreendido sob duas vertentes: como dinâmica interna do sujeito e como elemento externo ao sujeito, propondo-se uma inter-relação. O objetivo principal é analisar as influências e contribuições da ludicidade nos processos de ensino e aprendizagem da Geografia, na educação básica e na formação de professores. A metodologia aqui utilizada foi baseada no estudo bibliométrico realizado no Banco de Dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), no período entre 2013 e 2023, leituras bibliográficas, além da análise de experiências vividas com uma turma do Ensino Médio por ocasião do estágio supervisionado e na licenciatura em Geografia do IFBA, campus Salvador. Para o embasamento teórico-conceitual utilizamos autores como: Cipriano Luckesi (1998), Cristina D’Ávila (2006), Dídima Andrade (2013), dentre outros. À guisa de conclusão, pode-se dizer que a prática pedagógica no ensino da Geografia pautada na correlação entre brincar e o aprender tende a dinamizar os seus processos, tornando essa área mais atrativa para os sujeitos. O planejamento e a realização de atividades lúdicas com discentes do IFBA evidenciaram como a ação pedagógica na Geografia pode ser envolvente e significativa. Por isso, defende-se a dinâmica interna e externa da ludicidade, valorizando a ideia de que o desejo do sujeito e a inserção de recursos no cotidiano escolar, articuladamente, podem fazer efetiva diferença na ação pedagógica.