Elementos que fragilizam o ecossistema de inovação tecnológica e empreendedor – casos da incubadora PIEBT de Belém (UFPA) e da ARCA Multincubadora de Cuiabá (UFMT)
O empreendedorismo mobiliza uma
rede de cooperação, trocas e profissionalização
nos negócios. Neoschumpeterianos associam
a capacidade de estimular o desenvolvimento
a partir da existência de interação entre
atores regionais, que, ao identificarem as
potencialidades de seus territórios passam
a construir trajetórias ancoradas nas
idiossincrasias locais, onde o aprendizado,
o conhecimento tecnológico e o estímulo à
inovação viabilizam o bem-estar coletivo.
Diante do exposto o presente artigo analisou
o ecossistema de inovação tecnológica e
empreendedor nos Estados do Pará e Mato
Grosso. Para tal foi realizado levantamento
histórico caracterizando as cidades de Belém,
capital do Pará e de Cuiabá, capital de Mato
Grosso, para identificar seus respectivos
ecossistemas. A pesquisa, exploratória
descritiva, apresenta estudos de campo em
uma incubadora de cada estado e dados
primários que foram coletados por meio de
entrevista semiestruturada na qual os gestores
abordaram sobre a estrutura do ecossistema
de empreendedorismo desses estados. O
estudo está fundamentado no Manual de
Oslo e nos pilares da OCDE para o viés do
empreendedorismo, de forma a entender como
cada região subsidia a instrumentalização dos
ecossistemas de inovação e empreendedorismo.
A análise identificou que os territórios possuem
algumas características semelhantes em relação
as suas trajetórias econômicas – extrativismo
mineral e vegetal e produção de commodities
que inibiu a geração de conhecimento e a
estruturação de ecossistemas de inovação e
de empreendedorismo mais fortalecidos. Os
resultados apontam alguns elementos que
fragilizam os ecossistemas estudados e podem
ser utilizados pelos mesmos para a busca de
novos arranjos de cooperação.
Elementos que fragilizam o ecossistema de inovação tecnológica e empreendedor – casos da incubadora PIEBT de Belém (UFPA) e da ARCA Multincubadora de Cuiabá (UFMT)
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DOI: 10.22533/at.ed.67819160415
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Palavras-chave: Ecossistema empreendedor. Inovação. Desenvolvimento regional. Incubadora.
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Keywords: Entrepreneurial ecosystem, innovation, regional development, incubator.
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Abstract:
Entrepreneurship mobilizes a network of cooperation, exchanges
and professionalization in business. Neoschumpeterians associate the capacity to
stimulate development from the existence of interaction between actors which identify
the potential of their territories build trajectories anchored in local idiosyncrasies, where
learning, technological knowledge and the stimulation of innovation enable the wellbeing collective. In view of the above, the present article analyzed the ecosystem of
technological and entrepreneurial innovation in the Pará and Mato Grosso. For this
purpose, a historical survey was conducted characterizing the cities of Belém, capital
of Pará and Cuiabá, capital of Mato Grosso, to identify their respective ecosystems.
The exploratory descriptive research presents field studies in an incubator of each
state and primary data that were collected through a semi-structured interview in which
managers on the structure of the entrepreneurship ecosystem of these States. The
study is based on the Oslo Manual and the pillars of OECD for the entrepreneurship
bias, in order to understand how each the region subsidizes the use of ecosystems
for innovation and entrepreneurship. The analysis identified that the territories have
some characteristics in relation to their economic trajectories - mineral and vegetable
extractivism and commodity production that inhibited the generation of knowledge and
the structuring of ecosystems of innovation and entrepreneurship. The results show
some elements that fragilize the ecosystems studied and can be used by to seek new
cooperation arrangements
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Número de páginas: 15
- Patricia Cristiane de Souza
- Iara Neves Oliveira
- Thairiny Alves Valadão
- Ivana Aparecida Ferrer Silva