Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

EITA QUE NÃO É FOR ALL!

Sob conceito impreciso, mesmo para profissionais da área, o termo forró revela um complexo de valores que, em sua pluralidade, remete a desencontros diversos acerca de sua origem, conceito e categorização, impactando nos modos criativos de sua produção artística e cultural. A nebulosidade que gira em torno de seu uso e aplicabilidade revela o paradoxo de que mesmo pouco se sabendo acerca do forró ele seja um marcador da identidade nordestina. A partir das vozes de músicos atuantes na produção musical do Nordeste, este artigo busca abrir linhas de discussão sobre o forró enquanto fenômeno expressivo apropriado para construção de retóricas político- epistêmicas que historicamente operacionalizaram perspectivas da modernidade, e sua reprodutibilidade em arenas onde figuram a educação e a consciência de identidade cultural nordestina em planos locais, glocais e globais. A etnomusicologia dialógica emergiu como metodologia reflexiva na medida em que as narrativas revelavam desdobramentos e consequências de ordem econômicas, sociais, políticas e éticas herdadas do colonialismo, a partir do que se fez necessário compreender o pensamento crítico do forró sob uma abordagem decolonial (QUIJANO 2005). Esta aproximação, indutivamente guiada por cruzamento de experiências com a cultura do forró, teve por base o recurso da colaboratividade emergente de relações de confiança articuladas pela observação participante com músicos, arranjadores, compositores e produtores musicais.
Ler mais

EITA QUE NÃO É FOR ALL!

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.0601225120215

  • Palavras-chave: Música do Nordeste Brasileiro. O Forró. Pensamento Decolonial. Forros São-tomenses. Etnomusicologia Dialógica.

  • Keywords: Northeastern Brazilian Music. Forró. Education and Decolonial Thought. Sao Tome Forros. Dialogical Ethnomusicology.

  • Abstract: Under an imprecise concept, even for professionals in the area, the term forró reveals a complex of values ​​that, in its plurality, refers to diverse disagreements about its origin, concept and categorization, impacting on the creative modes of its artistic and cultural production. The nebulosity that revolves around its use and applicability reveals the paradox that even little is known about forró, it is a marker of northeastern identity. From the voices of musicians active in music production in the Northeast, this article seeks to open lines of discussion about forró as an expressive phenomenon appropriate for the construction of political-epistemic rhetoric that historically operationalized perspectives of modernity, and its reproducibility in arenas where education is included. and the awareness of Northeastern cultural identity at local, glocal and global levels. Dialogical ethnomusicology emerged as a reflective methodology as the narratives revealed unfolding and consequences of economic, social, political and ethical order inherited from colonialism, from which it became necessary to understand the critical thinking of forró under a decolonial approach (QUIJANO 2005). This approximation, inductively guided by crossing experiences with the culture of forró, was based on the collaborative resource emerging from trusting relationships articulated through participant observation with musicians, arrangers, composers and music producers.

  • Fernando Antônio Ferreira de Souza 43241220400
Fale conoscoWhatsapp