As lesões de cartilagem articular representam um desafio significativo na medicina ortopédica, frequentemente levando à dor crônica e à degeneração articular, como observado em condições como a osteoartrite. A busca por tratamentos eficazes tem levado ao desenvolvimento de terapias regenerativas, incluindo o uso de Plasma Rico em Plaquetas (PRP), células-tronco mesenquimatosas e técnicas de condroplastia. O PRP é conhecido por sua capacidade de liberar fatores de crescimento que promovem a cicatrização e regeneração tecidual. As células-tronco, por sua vez, têm demonstrado potencial para diferenciar-se em diversos tipos celulares, incluindo condrócitos, e são consideradas promissoras na regeneração da cartilagem. Objetivos: O objetivo principal deste estudo é avaliar a eficácia das terapias regenerativas, especificamente o PRP, células-tronco e condroplastia, no tratamento de lesões de cartilagem articular. Metodologia: A metodologia adotada para esta revisão sistemática incluiu a busca em bases de dados científicos como PubMed, Scielo e Google Scholar, utilizando palavras-chave relacionadas a PRP, células-tronco, condroplastia e lesões de cartilagem articular. Foram incluídos estudos clínicos, ensaios controlados randomizados e revisões sistemáticas publicados nos últimos dez anos. Resultados: Os resultados da revisão indicaram que o PRP tem mostrado eficácia em diversos estudos, promovendo a regeneração da cartilagem e a redução da dor em pacientes com lesões articulares. A aplicação intra-articular de PRP demonstrou melhorar a função articular e a qualidade de vida dos pacientes, com efeitos positivos observados em até 80% dos casos. Em comparação, as células-tronco mesenquimatosas apresentaram resultados promissores em modelos experimentais, com evidências de regeneração da cartilagem e melhora na histologia articular. Conclusão: A revisão sistemática concluiu que tanto o PRP quanto as células-tronco e a condroplastia apresentam potencial para o tratamento de lesões de cartilagem articular, cada uma com suas vantagens e desvantagens. O PRP se destaca pela sua facilidade de obtenção e aplicação, além de ser uma opção minimamente invasiva, enquanto as células-tronco oferecem uma abordagem mais inovadora, mas com desafios relacionados à sua manipulação e aplicação clínica.