Educação sexual: uma abordagem sobre métodos contraceptivos na adolescência
Apesar de todo o avanço de políticas públicas que visem discutir sobre os métodos contraceptivos, é notório que a persistência da sexualidade como tabu na sociedade brasileira, aliado ao alto índice de gravidez na adolescência são reflexos de uma política pública que não consegue abranger todos os seus objetivos. Esse estudo visa uma abordagem geral da influência da educação sexual para a gravidez na adolescência, com enfoque nas políticas públicas voltadas aos métodos contraceptivos. Foi realizada uma revisão de literatura em uma ampla coleta de dados e posterior análise de artigos encontrados em plataformas online, como Scielo, BVS e Google Acadêmico. Concomitantemente, uma pesquisa foi realizada nos conteúdos disponibilizados oficialmente pelo Ministério da Saúde (MS) nos portais de comunicação onde há um maior acesso pelos jovens (Youtube e Instagram, ambos os perfis oficiais do MS) entre janeiro de 2019 e março de 2020. É perceptível que a escola, como agente mais eficiente na educação sexual, tem seus entraves, assim como o agente diretamente ligado aos adolescentes, a família, que interfere no processo de aprendizagem sobre educação sexual, a qual está indissociável da utilização dos métodos contraceptivos como prevenção à gravidez na adolescência, além de fatores biopsicossociais que interferem na adesão aos métodos contraceptivos. Somado a isso, o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde prejudica a relação com o paciente e, consequentemente, a obtenção de informações sobre os métodos. Porém, ao invés de redirecionar recursos e esforços para essa problemática tão fragilizada, as campanhas analisadas se direcionam quase que exclusivamente para as IST’s e apenas a um método contraceptivo, a camisinha. Apresentando 1 publicação no Youtube (5,55%) sobre prevenção à gravidez na adolescência, 6 publicações no Instagram (10%) que contém explicações sobre a camisinha e apenas 1 publicação no mesmo veículo que aborda sobre os outros métodos contraceptivos, mas sem detalhá-los.
Educação sexual: uma abordagem sobre métodos contraceptivos na adolescência
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DOI: 10.22533/at.ed.1822104019
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Palavras-chave: Sexualidade, contracepção, gravidez, adolescência, políticas públicas
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Keywords: Sexuality, contraception, pregnancy, adolescence, public politics
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Abstract:
Despite all the progress of public policies aimed at discussing contraceptive methods, it´s notorious that the persistence of sexuality as taboo in Brazilian Society, together with the high rate of teenage pregnancy are a reflection of a public policy that cannot cover all its objectives. This study aims at a general approach to the influence of sex education on teenage pregnancy with a focus on public policies focused on contraceptive methods. A literature review was conducted on a broad data collection and subsequent analysis of articles found on online platforms, such as Scielo, BVS and Google Scholar. At the same time, a survey was carried out on the contents officially made available by the Ministry of Health, in the communication portals where there is greater access by young people (YouTube and Instagram, both official profiles of the Ministry of Health) between January 2019 and March 2020. It´s noticeable that the school, as the most efficient agent in sex education, which is inexactly in the use of contraceptive methods as prevention of teenage pregnancy, in addition to bio-psychosocial factors that interfere with the adhering to contraceptive methods. In addition, care in basic health units impairs the relationship with the patient and, consequently, obtaining information about the methods. However, instead of redirecting resources and efforts to this fragile problem, the campaigns analyzed are directed almost exclusively to ‘’STIs’’ and only to a contraceptive method, condom. Featuring 1 post on YouTube (5.55%) on prevention of teenage pregnancy, 6 posts on Instagram (10%) which contains explanations about the condom, and only 1 publication in the same vehicle that addresses on the other contraceptive methods, but without detailing them.
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Número de páginas: 16
- Iasmin Dutra de Almeida
- Alynne Bayma dos Santos
- Christian Sadik Romero Meija
- Fabrícia Cristina da Cruz Sousa
- Filipe Maia de Oliveira
- Gabriella de Barros Gondim
- Homero da Silva Pereira
- João Pedro Silva Majewski
- Marcelo Santos Lima Filho
- Otávio Bruno Silva da Silva
