Objetivou-se por meio deste artigo analisar como a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) pode fortalecer o sentimento de pertencimento de jovens que vivem em territórios periféricos. Partimos de uma revisão de produções recentes no Brasil e de documentos públicos sobre a Rede Federal, conectando três ideias: acesso com permanência na EPT; vínculos de acolhimento na escola; e práticas pedagógicas que aproximam formação, trabalho e projeto de vida. Argumenta-se que políticas de ampliação de vagas e apoio estudantil precisam caminhar junto de ambientes escolares que cuidem do clima da convivência, reconheçam trajetórias diversas e valorizem a autoria juvenil, o que inclui itinerários formativos integrados, projetos de extensão e parcerias com o território. As evidências revisadas sugerem que vínculos positivos com a escola e oportunidades de qualificação técnica favorecem engajamento, aprendizado e transição ao mundo do trabalho, com impactos sobre bem-estar e expectativas de futuro. Ao final, propomos linhas de ação para redes e escolas: mapeamento de barreiras de acesso, políticas de acolhimento com foco em escuta ativa, metodologias de projetos ancoradas em problemas reais e um sistema de acompanhamento que una dados educacionais e ações de apoio psicossocial.