ECONOMIA SOLIDÁRIA, TRANSFORMAÇÕES NO TRABALHO E PROTAGONISMO FEMININO: (SOBRE)VIVENCIAS E DESIGUALDADES
Aproximar os temas transformações no mundo do trabalho, protagonismo feminino e economia solidária tem sido objeto de esforços deliberados na contemporaneidade, face à relevância e implicações concernentes à desigualdade e cidadania. O mundo do trabalho tem experimentado transformações drásticas e dramáticas, que acentuam o desemprego e a exclusão, transferindo para o trabalhador a responsabilidade por sua (sobre)vivência em concomitância, no capitalismo atual, a um pseudo-discurso de participação e protagonismo. A autogestão, originalmente representativa de um modelo contra hegemônico de organização do trabalho, é apropriada deliberadamente de modo destorcido, incorporando uma diversidade de práticas não exatamente promotoras de democracia e emancipação, nos empreendimentos solidários, porém antes para a acentuação da desigualdade e exclusão. O protagonismo feminino nos empreendimentos solidários refletem tanto um fenômeno presente no mercado de trabalho em geral, mas igualmente realça a precariedade, a desigualdade e a exclusão social. São comumente mulheres que se articulam solidariamente para gerar renda estimuladas no sentido de buscar a sobrevivência individual, mas ainda de coletivos. Comumente são mulheres mães/avós, chefes de família, com pouca ou nenhuma escolaridade, vítimas da violência social e doméstica, além da falta de acesso ao trabalho e vida social no sentido amplo, pelo simples fato de morar na periferia ou em aglomerados urbanos. Mulheres pobres expostas a problemas familiares, pois o desemprego ou o trabalho informal integram o seu cotidiano. A amplitude de idade situa-se entre os 15 e 75 anos, algumas beneficiárias de programas sociais governamentais ou aposentadas.
ECONOMIA SOLIDÁRIA, TRANSFORMAÇÕES NO TRABALHO E PROTAGONISMO FEMININO: (SOBRE)VIVENCIAS E DESIGUALDADES
-
DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.68221070715
-
Palavras-chave: Economia solidária, Transformações no trabalho, Protagonismo feminino,
-
Keywords: solidarity economy, changes in work, female protagonism
-
Abstract:
Bringing together the themes of transformations in the world of work, female protagonism and lonely economics has been the subject of deliberate efforts in contemporary times, given the relevance and implications regarding inequality and citizenship. The world of work has undergone drastic and dramatic transformations, which accentuate unemployment and exclusion, transferring responsibility for their (over) experience in concomitance, in current capitalism, with a pseudo-discourse of participation and protagonism. Self-management, originally representative of a counter-hegemonic model of work organization, is deliberately appropriated in a distorted way, incorporating a diversity of practices that are not exactly promoting democracy and emancipation, in solidarity ventures, but rather to accentuate inequality and exclusion. The female role in solidarity ventures reflects both a phenomenon present in the labor market in general, but it also highlights precariousness, inequality and social exclusion. They are commonly women who articulate in solidarity to generate income stimulated in the sense of seeking individual, but still collective, survival. They are usually women, mothers / grandparents, heads of families, with little or no education, victims of social and domestic violence, in addition to the lack of access to work and social life in the broad sense, simply because they live on the periphery or in urban areas. Poor women exposed to family problems, as unemployment or informal work are part of their daily lives. The age range is between 15 and 75 years old, some beneficiaries of governmental or retired social programs.
-
Número de páginas: 17
- CARLÚCIA MARIA SILVA
- Ana Beatriz Trindade de Melo
- GILBERTO BRAGA PEREIRA
