Doença de Alzheimer enquanto Responsabilização Familiar e o Predomínio de Mulheres no Cuidado da Pessoa Idosa
O presente artigo objetiva visibilizar questões teóricas, sociais e familiares que perpassam o cotidiano do atendimento da pessoa idosa com a Doença de Alzheimer. Constitui ensaio teórico a partir dos resultados de pesquisa de tipo qualitativa, sendo realizada coleta de dados bibliográficos via observação indireta, realizada entre os anos de 2019/2020 em três portais científicos de repercussão nacional e internacional. Os dados foram compilados via análise de conteúdo, sendo utilizado o método de Sistematização de Prática – MSP. Enquanto resultado fica nítido que a família recai em um universo de incertezas, precariedades e fragilidades oriundas tanto do diagnóstico tardio ou impreciso, quanto com as dificuldades para acesso ao tratamento qualificado, diante da necessidade de conviver com a doença. Na literatura constatou-se o predomínio de mulheres como encarregadas pela tarefa do cuidado, assim como necessidade de trabalho intersetorial e interdisciplinar para garantia de qualidade de vida para pessoa idosa com DA. De forma intensa a família vem sendo responsabilizada legalmente e moralmente pelo cuidado com contrapartida mínima do Estado no âmbito da proteção social que poderia materializar políticas públicas de atendimento qualificada dispensado a pessoa idosa. Conclui-se que a rede de atendimento público, com destaque para o Sistema Único de Saúde, não garante o aparato que a legislação brasileira indica quanto à necessidade de preservação da qualidade de vida da pessoa idosa com DA. Assim a família passa a ser responsabilizada tanto moralmente quanto legalmente por demandas de cuidados que requerem múltiplos atendimentos em saúde que deveriam ser garantidos pelo Estado via Sistema Único de Saúde, entre outras políticas sociais públicas.
Doença de Alzheimer enquanto Responsabilização Familiar e o Predomínio de Mulheres no Cuidado da Pessoa Idosa
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DOI: 10.22533/at.ed.2382028097
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Palavras-chave: Pessoa Idosa; Doença de Alzheimer; Responsabilização Familiar.
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Keywords: Elderly person; Alzheimer's disease; Family Accountability.
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Abstract:
This article aims to highlight theoretical, social and family issues that pervade the daily care of elderly people with Alzheimer's Disease. It is a theoretical essay based on the results of qualitative research, with bibliographic data being collected via indirect observation, carried out between the years 2019/2020 in three scientific portals with national and international repercussions. The data were compiled via content analysis, using the Method of Practice Systematization - MSP. As a result, it is clear that the family falls into a universe of uncertainties, precariousness and weaknesses arising both from the late or imprecise diagnosis, as well as the difficulties in accessing qualified treatment, given the need to live with the disease. In the literature, the predominance of women was found to be responsible for the task of care, as well as the need for intersectoral and interdisciplinary work to guarantee quality of life for elderly people with DA. In an intense way, the family has been held legally and morally responsible for the care with minimal counterpart from the State in the scope of social protection that could materialize public policies of qualified care dispensed to the elderly. It is concluded that the public service network, with emphasis on the Unified Health System, does not guarantee the apparatus that Brazilian legislation indicates regarding the need to preserve the quality of life of the elderly with DA. Thus, the family is held responsible both morally and legally for care demands that require multiple health care that should be guaranteed by the State via the Unified Health System, among other public social policies.
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Número de páginas: 15
- Geovana Spohr
- Rosilaine Coradini Guilherme
- Vanessa Soares Patta
- Elisângela Maia Pessôa
