A forma como trabalhamos e olhamos para o trabalho nunca foi estanque. Foi sendo alterada através das eras e evoluções, impondo condições e direitos, retratando todas as vicissitudes sofridas por essa atividade básica e essencial, que coloca nossa espécie, de maneira clara e definida, no universo da sociedade e da cultura. Lutas de classes, histórias de superação pessoais, ambientes de trabalho tóxicos ou desafiantes e histórias metafóricas sobre o prazer do trabalho são retratados em filmes, séries, curtas-metragens e animações. Essas foram utilizadas, após análise minuciosa, na elaboração de planos de aulas de filosofia para alunos da educação básica. A proposta de utilizar o cinema como referencial está assentada na capacidade dessa arte de difundir imagens ao problematizar histórias, propondo a comunicação de certos saberes, informações e conhecimentos que poderão ser apropriados pelo expectador ao entrar em contato com a imagem fílmica. Reiteramos, contudo, que não basta ao expectador ter apenas contato com a obra cinematográfica, é preciso problematizar as situações vistas em tela, extraindo conceitos e refletindo criticamente sobre os mesmos. O objetivo deste trabalho é propormos o ensino de filosofia através do cinema, justamente por acreditarmos que tal arte nos apresenta uma linguagem mais adequada do que a linguagem escrita para expressar melhor as intuições de alguns filósofos e de outros pensadores.