Uma tendência mundial na busca por produtos naturais estimula os formuladores a explorarem o universo das plantas. Os desodorantes são considerados cosméticos de grau 1 e têm como ativo matérias-primas bactericidas para assim evitar a formação do odor. O objetivo foi desenvolver e avaliar a eficácia “in vitro” e o perfil físico-químico de um desodorante em pó vegano. Para o desenvolvimento da formulação do desodorante em pó, foi utilizado material vegetal seco de Rosmarinus officinalis L. (alecrim) e Salvia officinalis L. (sálvia) triturado em moinho de martelo, a esse pó foi adicionado óleo essencial de Melaleuca alternifolia e tintura de Styrax spp. (benjoim), os excipientes foram talco e sílica coloidal. O método dos testes físico-químicos, cor, odor, aspecto, densidade aparente, pH e granulometria, foi realizado segundo Farmacopéia Brasileira 5 ed. A eficácia bactericida “in vitro”, foi realizada frente ao micro-organismo Staphylococcus aureus ATCC 9144, por método de inoculação em poço e o antibiótico cloranfenicol foi utilizado como referência. Foram testados o produto final, os componentes isolados e suas combinações. Os resultados dos testes físico-químicos foram: cor verde claro, odor característico de ervas, aspecto pó homogêneo, densidade 0,50 g/mL, pH 5,92 (solução aquosa 10%) e no teste de granulometria foi caracterizado como pó semi-fino. Na análise da eficácia da atividade antimicrobiana a formação de halo do cloranfenicol foi 2,2 cm versus 1,4 cm do produto final, ou seja, obteve 63,63 % da eficácia da referência. Já o óleo essencial de Melaleuca alternifólia foi o que apresentou maior formação de halo isoladamente (4,0 cm) e também em combinação com os outros componentes. Conclui-se que o produto apresentou características físico-químicas adequadas aos locais de aplicação (axilas e pés), mas que necessita de ajustes nos percentuais dos componentes para que apresente uma maior eficácia antimicrobiana frente ao micro-organismo testado.