DEFESA DO ESTADO BRASILEIRO E LIMITES DA ATUAL POLÍTICA EXTERNA
Para compreender o mundo em que se vive a partir do raciocínio espacial faz-se necessário o estudo da interação entre política e território, ou seja, o entendimento da geografia política para atender alguns dos princípios da educação geográfica: o da analogia e o da diferenciação. O que se pretende é realizar uma avaliação sobre as ações que diminuíram o papel do Estado e o consequente impacto na questão da soberania, defesa e sua política externa no atual cenário brasileiro. Assim como, contextualizar os discursos geopolíticos nas redes de poder internas do Estado centrado nas relações dos atores sociais. Pois, o Brasil contribuiu para o aprimoramento das estruturas de governança global ao participar das operações de paz da ONU, cooperar com países menos desenvolvidos, disputar assento no Conselho de Segurança, ou seja, exercendo responsabilidades pela sua integridade onde os negócios possam prosseguir tranquilamente. Diante da crise do sistema financeiro mundial com seu auge em 2008, o mundo configurou-se para o acirramento da competição internacional econômica, política e militar, basta observar o empobrecimento massivo da população, a intensa fuga de excedentes, o aumento da exploração da força de trabalho e a alta concorrência das mercadorias da China no mercado mundial. É nesse momento que o aparelho do Estado tende a achar meios para controlar e superar as dificuldades, com incentivos permanentes para o dinamismo organizacional e tecnológico fazendo necessário um complexo militar e industrial que oriente os caminhos da inovação. Portanto no âmbito da Segurança e Defesa nacional, atualmente, o impacto de o país garantir a continuidade de projetos estratégicos nacionais entra em contradição com a política econômica do governo. A política econômica adotada tem impacto direto na política estratégica devido às características territoriais e marítimas do país, com grande reserva de petróleo e cerca de 1/3 de água do mundo.
DEFESA DO ESTADO BRASILEIRO E LIMITES DA ATUAL POLÍTICA EXTERNA
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DOI: 10.22533/at.ed.4022028109
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Palavras-chave: Estado. Política de Defesa. Política Externa. Orçamento. Soberania.
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Keywords: State. Defense Policy. Foreign Policy. Budget. Sovereignty.
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Abstract:
To understand the world in which we live from spatial reasoning, it is necessary to study the interaction between politics and territory, that is, the understanding of political geography to meet some of the principles of geographic education: analogy and differentiation. The aim here is to carry out an assessment at the actions that diminished the role of the State and the consequent impact on the issue of sovereignty, defense and foreign policy in the current Brazilian scenario. As well as, contextualize the geopolitical discourse in the internal State power networks, focused on the relations of social players. For, Brazil has contributed to the improvement of global governance structures by participating in UN peacekeeping operations, cooperating with less developed countries, disputing a seat on the Security Council, which is, exercising responsibilities for its integrity where business can proceed smoothly. Faced with the world financial system crisis, with its peak in 2008, the world has configured for the intensification of international economic, political and military competition. It is enough to observe the massive impoverishment of the population, the intense leakage of surpluses, the increase in the exploitation of force and the high competition from Chinese goods on the world market. It is at this moment that the State apparatus tends to find ways to control and overcome difficulties, with permanent incentives for organizational and technological dynamism, making a military-industrial complex necessary to guide the paths of innovation. Therefore, in the scope of national Security and Defense, the impact of the country guaranteeing the continuity of national strategic projects is in contradiction with the current government's economic policy. The economic policy adopted has a direct impact on strategic policy due to the country's territorial and maritime characteristics, with a large oil reserve and about 1/3 of the world's water.
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Número de páginas: 18
- Rosivania Santos de Jesus
