DE ELOÁ A ELAINE: IMPRENSA E O ASSASSINATO DE MULHERES BRASILEIRAS
Os dados sobre violência no Brasil,
divulgados em 2019, mostram um aumento
significativo no número de assassinatos de
mulheres em nosso país, nos últimos 10 anos.
O presente trabalho resgata e analisa duas
coberturas mídiaticas sobre um feminicídio
e uma tentativa de feminicídio - o caso Eloá
Pimentel e o caso Elaine Caparroz - para
investigamos como as narrativas jornalísticas
sobre esses casos espelham os modos de
descrever realidades sociais características.
Conceituamos o feminicídio como a violência
sistêmica e letal contra as mulheres e contra
o feminino, e percebemos que o jornalismo
brasileiro, entendido como prática que traduz
uma realidade, participa dessa construção social
e continua reverberando antigas categorias
de gênero e justificando práticas de violência
contra as mulheres.
DE ELOÁ A ELAINE: IMPRENSA E O ASSASSINATO DE MULHERES BRASILEIRAS
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DOI: 10.22533/at.ed.3242010033
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Palavras-chave: feminicídio, jornalismo, violência, comunicação.
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Keywords: femicide, journalism, violence, communication
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Abstract:
Data on violence in Brazil, released
in 2019, show a significant increase in the
number of female murders in our country over
the past 10 years. The present paper rescues
and analyzes two media coverage about a
femicide and an attempt at femicide - the case of
Eloá Pimentel and the case of Elaine Caparroz
- to investigate how the journalistic narratives
about these cases mirror the ways of describing
characteristic social realities. We conceptualize
femicide as systemic and lethal violence against
women, and we realize that Brazilian journalism,
understood as a practice that reflects a reality,
participates in this social construction and
continues to reverberate old gender categories
and justify practices of violence against women.
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Número de páginas: 15
- Nealla Valentim Machado