CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE NO AMBIENTE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PRÉ- HOSPITALAR
Introdução: O Atendimento pré-hospitalar (APH) é o primeiro atendimento prestado por profissionais da saúde, em situações ocorridas fora do hospital, em casos de traumas resultantes de acidentes automobilísticos, distúrbios em pacientes crônicos, mal súbito de qualquer etiologia e/ou distúrbios psiquiátricos de maneira que, visa a estabilização clínica do paciente no local do ocorrido e em seguida sua segura remoção para uma unidade hospitalar adequada ao quadro clínico apresentado pela vítima (Crespilho, 2015). O APH objetiva a execução de intervenções rápidas, seguras e com o intuito de evitar possíveis sequelas transitórias ou permanentes, sendo assim, a preocupação acerca da segurança do paciente norteia todos os níveis da assistência. Objetivo: O estudo tem como objetivo analisar como se encontra a publicação científica acerca de iniciativas que promovam a maior segurança do paciente atendido nos serviços de urgência e emergência pré-hospitalar. Metodologia: Para orientar este estudo, estabeleceu-se a questão norteadora: “O que há na literatura acerca dos fatores determinantes na ocorrência Eventos Adversos durante o processo de cuidado no atendimento pré-hospitalar?” O levantamento de artigos foi realizado de agosto a outubro de 2018, por meio do acesso on-line no sítio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), onde a averiguação dos artigos é feita de forma ampla, utilizando todas as bases de dados ali contidas, a saber: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), biblioteca digital Scientific Electronic Library Online (SciELO), Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde (IBECS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), entre outras, utilizando-se os descritores dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual em Saúde e do Medical Subject Headings (MeSH) da National Library nos idiomas português, inglês ou espanhol: segurança do paciente, enfermagem em emergência e primeiros socorros. Do total de 627 trabalhos encontrados, foram excluídos 622, editoriais, artigos que não respondessem à pergunta condutora (594), incompletos (4), cartas ao editor, dissertações, teses e artigos repetidos (24). Resultados e Discussão: Foram selecionados cinco artigos em português. Todos os artigos referem que após a publicação do relatório To Err is Human: Building a Safer Health System, que apontou as condições de vulnerabilidade a eventos adversos às quais os pacientes estavam expostos durante o processo de cuidado no atendimento pré-hospitalar (Institute of Medice, 2017), as Organizações Nacionais e Internacionais tem investido no estímulo de práticas que promovam maior segurança ao paciente e reduzam os riscos de danos para os mínimos possíveis. O Ministério da Saúde define eventos adversos (EA’s) como incidentes resultantes da assistência e não relacionados à evolução da doença de base do paciente (Brasil, 2012). Desta forma, ocasionando lesões nos pacientes afetados e aumentando seu tempo de atendimento e internação podendo ocasionar o óbito, ou seja, aumentam a probabilidade de um prognóstico desfavorável na recuperação do indivíduo (Souza, 2014). A literatura revisada relaciona o aumento de eventos adversos à falta de qualificação profissional e ausência de educação continuada dos profissionais das urgências (Souza, 2014). Em três artigos pesquisados, a falta de capacitação contínua leva a desmotivação para o atendimento, de forma que compromete a qualidade da assistência (Reis, 2012) (Crespilho, 2015) (Macedo, 2016). A assistência segura visando a proteção do paciente é responsabilidade de cada profissional e do estímulo promovido e estabelecido pelas instituições de saúde (Macedo, 2016). Apesar de o fator humano estar presente nos eventos adversos, aspectos estruturais, condições de trabalho e atividades desenvolvidas podem estar relacionadas ao surgimento de erros (Crespilho, 2015). Percebe-se que diversos fatores estão envolvidos nas ocorrências de EA’s (sobrecarga de trabalho, estresse, esgotamento), fatores estes, que comprometem a assistência a ser prestada ao paciente, podendo levar a sequelas transitórias ou permanentes, o que resulta em custos sociais, além dos custos assistenciais (Macedo, 2016). Conclusão: A contínua capacitação dos profissionais, através de treinamentos em serviços de educação em saúde, apresenta-se como uma estratégia para promover a segurança do paciente nos serviços de urgência e emergência. Nota-se que a padronização das rotinas protocoladas pode se caracterizar como um norteador para promover o alinhamento entre rotinas e prática profissional, de forma a evitar os EA’s. Conclui-se ainda que, existem poucas publicações acerca da temática e reafirma-se a necessidade de realização de estudos que visem o atendimento seguro de pacientes em serviços de urgência e emergência pré-hospitalar.
CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE NO AMBIENTE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PRÉ- HOSPITALAR
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DOI: 10.22533/at.ed.64320250511
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Palavras-chave: Segurança do paciente, enfermagem em emergência.
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Keywords: Patient safety, emergency nursing.
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Abstract:
Introduction: Pre-hospital care (PHC) is the first care provided by health professionals, in situations that occur outside the hospital, in cases of trauma resulting from car accidents, disorders in chronic patients, sudden illness of any etiology and / or disorders psychiatric in such a way that it aims at the clinical stabilization of the patient at the site of the incident and then its safe removal to a hospital unit suitable to the clinical condition presented by the victim (Crespilho, 2015). The APH aims to execute fast, safe interventions in order to avoid possible transient or permanent sequelae, thus, the concern about patient safety guides all levels of care. Objective: The study aims to analyze how is the scientific publication about initiatives that promote greater safety for patients seen in urgent and pre-hospital emergency services. Methodology: To guide this study, the guiding question was established: "What is there in the literature about the determining factors in the occurrence of Adverse Events during the care process in pre-hospital care?" The survey of articles was carried out from August to October 2018, through online access on the Virtual Health Library (VHL) website, where the investigation of the articles is done in a wide way, using all the databases contained therein. , namely: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), digital library Scientific Electronic Library Online (SciELO), Spanish Bibliographic Index in Health Sciences (IBECS) and Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) , among others, using the descriptors of the Health Sciences Descriptors (DeCS) of the Virtual Health Library and of the Medical Subject Headings (MeSH) of the National Library in Portuguese, English or Spanish: patient safety, emergency nursing and first aid. From the total of 627 papers found, 622, editorials, articles that did not answer the leading question (594), incomplete (4), letters to the editor, dissertations, theses and repeated articles were excluded (24). Results and Discussion: Five articles were selected in Portuguese. All articles refer that after the publication of the report To Err is Human: Building a Safer Health System, which pointed out the conditions of vulnerability to adverse events to which patients were exposed during the care process in the pre-hospital care (Institute of Medice , 2017), National and International Organizations have invested in stimulating practices that promote greater patient safety and reduce the risk of damage to the minimum possible. The Ministry of Health defines adverse events (AE's) as incidents resulting from care and unrelated to the evolution of the patient's underlying disease (Brasil, 2012). Thus, causing injuries to affected patients and increasing their length of care and hospitalization, which can cause death, that is, they increase the likelihood of an unfavorable prognosis in the individual's recovery (Souza, 2014). The revised literature links the increase in adverse events to the lack of professional qualification and the lack of continuing education of emergency professionals (Souza, 2014). In three researched articles, the lack of continuous training leads to demotivation for care, in a way that compromises the quality of care (Reis, 2012) (Crespilho, 2015) (Macedo, 2016). Safe care aiming at patient protection is the responsibility of each professional and the stimulus promoted and established by health institutions (Macedo, 2016). Although the human factor is present in adverse events, structural aspects, working conditions and activities developed can be related to the appearance of errors (Crespilho, 2015). It is noticed that several factors are involved in the occurrences of AEs (work overload, stress, exhaustion), factors that compromise the assistance to be provided to the patient, which can lead to temporary or permanent sequelae, which results in social costs, in addition to assistance costs (Macedo, 2016). Conclusion: The continuous training of professionals, through training in health education services, presents itself as a strategy to promote patient safety in urgent and emergency services. It is noted that the standardization of the routines registered can be characterized as a guide to promote the alignment between routines and professional practice, in order to avoid the AE's. It is also concluded that there are few publications on the subject and the need to carry out studies aimed at the safe care of patients in pre-hospital urgent and emergency services is reaffirmed.
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Número de páginas: 4
- Maria Eduarda da Silva
- Maria Angélica Álvares de Freitas
- Nayara Ranielli da Costa
- Beatriz Maria Ferreira
- Lívia Mirelly Ferreira de
- Willaine Balbino de Santana
- Gizele Alves da Silva Frazão
- Angélica Daniella dos Santos
- Manuel Santana e Silva
- Simone Souza de Freitas
- Douglas Elias Pereira da Silva
- Wellington Manoel da Silva
