COVID-19 E A POSSIBILIDADE DE TRANSMISSÃO VERTICAL: REVISÃO DE LITERATURA
Introdução: Os processos de contaminação pela nova cepa do coronavírus 2 (SARS-CoV-2) não estão totalmente estabelecidos. Nesse contexto, surgem preocupações em gestantes testadas positivo para a infecção pelo novo vírus, levando em consideração a possibilidade da transmissão vertical, a alta infectividade do SARS-CoV-2 e a reconhecida imunossupressão gestacional. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a possibilidade de transmissão vertical do SARS-Cov-2, assim como evidências do vírus no cordão umbilical, no líquido amniótico, no leite materno e em testes de swab naso/orofaríngeo. Metodologia: Foram analisados artigos de plataformas digitais. Os trabalhos estudados são de 2020 e escritos em português e inglês. Os critérios de seleção dos trabalhos foram o uso de descritores: Complicações Infecciosas na Gravidez; Gravidez; Infecções por Coronavirus; Transmissão Vertical de Doença Infecciosa. Resultados e discussão: Estudos evidenciaram que esse tipo de contágio é possível, mas incomum, devido às testagens negativas para SARS-CoV-2 nos recém-nascidos de mães infectadas. Entretanto, recentemente, foi demonstrada uma possível infecção transplacentária por SARS-CoV-2 em um recém-nascido de mãe infectada no último trimestre. Além disso, foram evidenciados testes positivos para swab naso/orofaríngeo em neonatos, um deles foi testado positivo para a amostra de líquido amniótico, mas negativo para sangue do cordão umbilical simultaneamente. As imunoglobulinas IgM e IgG em altas concentrações nas amostras de cordões umbilicais e no soro de diversos estudos sugerem uma possível transmissão vertical. Não foram identificadas suspeitas de contaminação pelo leite materno, portanto, a amamentação deve ser incentivada. Conclusão: A transmissão vertical do SARS-CoV-2 é plausível, mas parece ser rara. Todavia, são necessários mais estudos e comprovações científicas para determinar a real capacidade de transmissão transplacentária deste vírus, além de considerar a via de parto e o manejo pós-parto.
COVID-19 E A POSSIBILIDADE DE TRANSMISSÃO VERTICAL: REVISÃO DE LITERATURA
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DOI: 10.22533/at.ed.6632101034
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Palavras-chave: Complicações Infecciosas na Gravidez; Gravidez; Infecções por Coronavirus; Transmissão Vertical de Doença Infecciosa;
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Keywords: Infectious Complications in Pregnancy; Pregnancy; Coronavirus infections; Vertical Transmission of Infectious Disease;
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Abstract:
Introduction: The contamination ways by the new coronavirus 2 strain (SARS-CoV-2) are not fully developed. Therefore, concerns arise in pregnant women who tested positive for infection with the new virus, taking into account the possibility of vertical transmission, the high infectivity of SARS-CoV-2 and the recognized gestational immunosuppression. Objective: To carry out an integrative literature review on the possibility of vertical transmission of SARS-Cov-2, as well as evidence of the virus in the umbilical cord, amniotic fluid, breast milk and in naso / oropharyngeal swab tests. Methodology: Articles from digital platforms were analyzed. The scientific works studied are from 2020 and written in Portuguese and English. The selection criteria for them were the use of descriptors: Infectious Complications in Pregnancy; Pregnancy; Coronavirus infections; Vertical Transmission of Infectious Disease. Results and discussion: Studies show that this kind of contamination is possible, but unusual, due to negative tests for SARS-CoV-2 in infected mothers’ newborns. However, a possible SARS-CoV-2 transplacental infection has recently been demonstrated in a newborn from an infected mother in the last trimester. In addition, positive tests for naso / oropharyngeal swab in neonates were found, one of them was tested positive for a sample of amniotic fluid, but negative for umbilical cord blood simultaneously. IgM and IgG immunoglobulins high in umbilical cords and in the serum of several studies made possible vertical transmission. No suspicion of contamination by breast milk was identified, hence, breastfeeding should be encouraged. Conclusion: Vertical transmission of SARS-CoV-2 is plausible, but it seems to be rare. However, more studies and scientific evidence are typed to determine the real capacity of transplacental transmission of this virus, in addition to considering the mode of delivery and postpartum management.
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Número de páginas: 10
- Natália Ribas Capuano
- João Gabriel Goulart Zanon
- João Pedro Martins Pereira
- Caroline Oliveira da Silva
- Debora Gramacho Troyli Pedrozo
- Nicole Haddad de Almeida
- Marina Brito Previdelli
- MARIA ROBERTA MARTINS PEREIRA