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COMPORTAMENTOS E HÁBITOS ALIMENTARES NA TERCEIRA IDADE

INTRODUÇÃO: O envelhecimento submete o organismo a alterações anatômicas e funcionais, que repercutem nas condições de saúde e na concepção do estado nutricional do idoso. Fatores biopsicossociais e econômicos que acompanham o envelhecimento desempenham um papel significativo na transição nutricional, decorrente de mudanças no padrão alimentar, que atuam como barreiras para uma dieta saudável. Os cuidados nutricionais são diferentes como também são singulares às concepções do que é favorável ou adequado para esta idade. Dessa forma, a alimentação envolve uma tentativa de estabilidade entre as exigências do corpo envelhecido e as limitações resultantes de certas patologias, muitas delas exigindo seu controle/tratamento por meio do alimento. OBJETIVO: Apresentar a influência dos fatores biopsicossociais acerca dos hábitos e comportamentos alimentares dos idosos que refletem tanto na qualidade da dieta quanto no seu estado nutricional. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa sistemática, com dez artigos de 2015 – 2020, utilizando como base de dados: Scielo e BVS, aplicando as seguintes descrições: Envelhecimento, Nutrição, Comportamentos Alimentares e Hábitos Alimentares. RESULTADO: Segundo Kuwae et al 2015, a alimentação na velhice trata-se de um acervo de vivências do decorrer dos anos e da compreensão das alterações que o envelhecimento estabelece sobre a nutrição do idoso. Sendo assim, a exclusão de alguns alimentos como lasanha, banana, feijoada e sarapatel estão relacionados à percepção do próprio corpo, de uma boa ou má digestão, acarretando disposição ou mal-estar. Além disso, Kuwae et al 2015 também afirma que os hábitos culinários são meios essenciais para classificar a alimentação saudável, bem como demonstra que o comer compartilhado também engloba as concepções de alimentação saudável. Segundo Veríssimo et al 2019, o hábito de ler rótulos é considerado uma estratégia nutricional interessante na terceira idade, por estar correlacionado a boas condições de saúde e comportamentos alimentares mais saudáveis entre idosos independentes e ativos que participam de grupos sociais. Neste estudo constatou-se que aqueles que realizavam tal prática utilizavam 23% menos medicamentos, 12% menos açúcar e 31% mais grãos integrais em comparação com os indivíduos que não tinham esse costume. Parente et al 2018, afirma que a região onde eles residem também define seu bem-estar físico e psicológico, a qualidade de vida e o estado nutricional. Aqueles que moram em “casa própria” possuem melhores condições para uma alimentação adequada, entretanto, a solidão e as dietas invariáveis podem ocasionar a má nutrição nesta faixa etária. Portanto, conforme Gomes et al 2016, é fundamental políticas públicas e educativas que favoreçam o consumo alimentar saudável, devendo priorizar os grupos de risco e considerar os diversos obstáculos que venham intervir na adesão desses hábitos. CONCLUSÃO: Os hábitos e comportamentos alimentares da população idosa se dão principalmente de acordo com as condições que vivem, assim como pelas experiências vividas durante as etapas da vida. Todas essas vivências refletem na preferência alimentar. A nutrição torna-se um fator de grande relevância para o envelhecimento saudável, uma vez que essa ciência contribui de forma positiva gerando mudanças nas escolhas alimentares e promovendo a manutenção de uma longevidade com saúde.

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COMPORTAMENTOS E HÁBITOS ALIMENTARES NA TERCEIRA IDADE

  • DOI: 10.22533/at.ed.5292206128

  • Palavras-chave: Envelhecimento, Nutrição, Comportamentos alimentares, Hábitos alimentares

  • Keywords: Aging, Nutrition, Eating behaviors, Eating habits

  • Abstract:

    INTRODUCTION: Aging subjects the body to anatomical and functional changes, which affect health conditions and the conception of the nutritional status of the elderly. Biopsychosocial and economic factors that accompany aging play a significant role in the nutritional transition, resulting from changes in dietary patterns, which act as barriers to healthy eating. Nutritional care is differentiated and exclusive to conceptions of what is favorable or appropriate for that age. In this way, food involves an attempt at stability between the demands of the aged body and the limitations arising from certain pathologies, many of which require their control/treatment through food. OBJECTIVE: To present the influence of biopsychosocial factors on the eating habits and behaviors of the elderly, which affect both the quality of the diet and their nutritional status. METHOD: This is a systematic research, with ten articles from 2015 - 2020, using as a database: Scielo and VHL, applying the following descriptions: Aging, Nutrition, Eating Behaviors and Eating Habits. RESULT: According to Kuwae et al 2015, nutrition in old age is a collection of experiences over the years and the understanding of the changes that aging establishes on the nutrition of the elderly. Thus, the exclusion of some foods such as lasagna, banana, feijoada and sarapatel are related to the perception of the body itself, of a good or bad digestion, causing mood or malaise. In addition, Kuwae et al 2015 also states that culinary habits are essential means of classifying healthy eating, as well as demonstrating that shared eating also encompasses the concepts of healthy eating. According to Veríssimo et al 2019, the habit of reading labels is considered an interesting nutritional strategy in the elderly, as it is correlated with good health conditions and healthier eating behaviors among independent and active elderly people who participate in social groups. In this study, it was found that those who performed this practice used 23% less medication, 12% less sugar and 31% more whole grains compared to individuals who did not have this habit. Parente et al 2018, states that the region where they live also defines their physical and psychological well-being, quality of life and nutritional status. Those who live in “own house” have better conditions for adequate food, however, the loneliness and invariable diets can lead to malnutrition in this age group. Therefore, according to Gomes et al 2016, public and educational policies that favor healthy food consumption are essential, prioritizing risk groups and considering the various obstacles that come to intervene in the adhesion of these habits. CONCLUSION: The eating habits and behaviors of the elderly population are mainly based on the conditions they live in, as well as on the experiences lived during the stages of life. All these experiences reflect on food preference. Nutrition becomes an important fator for healthy aging, since this science contributes positively by generating changes in food choices and promoting the maintenance of healthy longevity.

  • Stephanie Silva Lopes
  • Késya Salvino do Nascimento
  • Natalice Eusébio da Silva
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