COMISSIONAMENTO DE UM ACELERADOR CLÍNICO PARA RADIOCIRURGIA
Radiocirurgia estereotáxica (RS) é uma modalidade na Radioterapia que tem como premissa a entrega de altas doses em volume pequeno, preferencialmente em uma única fração, ou em poucas frações. Para essa entrega de dose ser confiável, é necessária uma localização precisa, como a localização estereotáxica que engloba os deslocamentos e rotações nas três dimensões.
A Radiocirurgia extra cranial estereotáxica, do inglês “Stereotactic Body Radiotherapy” (SBRT) é o termo comumente usados para tratamentos semelhantes à radiocirurgia, porém para regiões extra craniais e com a dose entregue em tratamentos hipofracionados, usualmente entre uma e cinco frações.
A primeira radiocirurgia relatada historicamente é de 1953, realizada por Lars Leksell utilizando a localização estereotáxica desenvolvida por ele em 1908. A primeira unidade de tratamento projetada e construída para tal modalidade foi o Gamma Knife (Elekta Inc., Atlanta, EUA) em 1968, usando fontes de Cobalto-60 utilizando a geometria de localização estereotáxica de Leksell.(1983).
O avanço tecnológico dos aceleradores lineares associados a elementos como o micro MLC (mMLC, Brain Lab AB, Heimstetten, Alemanha), aceleradores como o Novalis (Brain Lab.), Cyberknife (Accuray Inc., Sunnyvale, EUA), True Beam (Varian, Palo Alto, EUA) e Versa HD (Elekta) permitiu tratamentos como a radiocirurgia em tecidos extra craniais com a mesma precisão de posicionamento. Essas unidades associam dispositivos de imagem com elementos mecânicos para garantir a precisão de entrega da dose.
Independente da escolha da modalidade, seja RS ou SBRT, ambas exigem alta precisão e exatidão quanto à entrega de dose e quanto à localização pré-tratamento (algumas unidades possuem dispositivos de localização durante toda a entrega de dose do paciente, por exemplo). Como resultado, as características das unidades de tratamento comercializadas para RS e SBRT permitem garantir uma melhor precisão de posicionamento do paciente, quando comparadas com as unidades de tratamento não dedicadas.
Para o tratamento de pacientes com essas modalidades de tratamento, os feixes a serem usados devem estar aptos ao tratamento com campos pequenos, isto é, comissionados e validados.
COMISSIONAMENTO DE UM ACELERADOR CLÍNICO PARA RADIOCIRURGIA
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DOI: 10,22533/at.ed.42223120424
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Palavras-chave: Atena Editora
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Keywords: Atena Editora
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Abstract:
Atena Editora
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Número de páginas: 12
- Carlos Eduardo Almeida
- Maíra Ribeiro dos Santos
- Carlos Eduardo Veloso de Almeida