COLESTEATOMA - RELATO DE CASO
O Colesteatoma é uma lesão benigna do canal auditivo que é gerado pela proliferação de epitélio escamoso estratificado queratinizado e que pode estar associado a perda progressiva óssea das estruturas envolvidas e a diminuição da acuidade auditiva ou até mesmo a sua ausência. O colesteatoma divide se em congênito, o qual decorre de um acúmulo de epitélio descamado nas regiões de tímpano mastoideo, ápice petroso, ângulo pontocerebelar e forame jugular, e em adquirido, o qual se associa ao deslocamento do epitélio por uma perfuração da membrana timpânica.
No estudo de Fábio et al. há relatos que o colesteatoma de conduto auditivo externo é pouco comum e frequentemente acomete idosos.
Já o colesteatoma da orelha média, segundo Jose Evandro et al. é uma doença com aparecimento relativamente significativo, a qual apresenta incidência alta em caucasianos, porém baixa em negros. Além disso, também é relatado que não há diferença na incidência entre os sexos e que com exceção do colesteatoma congênito, essa doença acomete pessoas mais velhas.
Os colesteatomas acometem cerca de 3 pacientes pediátricos em 100.000 enquanto nos adultos essa incidência é de 9 a cada 100.000 pessoas, conforme o estudo de Cristina et al. Nesse mesmo, foi afirmado maior aparecimento da doença no sexo masculino.
Estudos indicam que fatores genéticos e ambientais estão diretamente relacionados com a doença, a qual envolve uma série de reações de citocinas em sua fisiopatologia.
As manifestações clinicas envolvem otalgia, otorréia e perca da audição. Em crianças a membrana timpânica está preservada e não está associada a quadros infecciosos.
O diagnóstico é clinico, porém recomenda-se a tomografia computadorizada para todos os pacientes, já que através dela pode se ver a extensão da lesão e as estruturas acometidas.
As complicações dos colesteatomas envolvem meningite, abcessos, trombose do seio venoso, mastoidite, paralisação no nervo facial, labirintites, fistula labiríntica e destruição óssea.
O tratamento pode ser clinico ou cirúrgico. O tratamento clinico consiste em limpeza local e aplicação de antibiótico tópico, se necessário. Ele está indicado para pacientes que por algum motivo não possam realizar a cirurgia e na ausência de otalgia.
O tratamento cirúrgico está indicado na persistência dos sintomas, em caso de infecção, diabetes mellitus, acometimento do hipotímpano, cúpula jugular ou mastoide e na presença de complicações.
COLESTEATOMA - RELATO DE CASO
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DOI: 10.22533/at.ed.1132104018
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Palavras-chave: Colesteatoma; Lesão Benigna; Perca da Audição;
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Keywords: Cholesteatoma; Benign Injury; Hearing Loss;
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Abstract:
Cholesteatoma is a benign lesion of the auditory canal that is generated by the proliferation of stratified keratinized squamous epithelium and that may be associated with progressive bone loss of the involved structures and a decrease in hearing acuity or even its absence. Cholesteatoma is divided into congenital, which results from an accumulation of desquamated epithelium in the regions of the mastoid tympanic membrane, petrous apex, pontocerebellar angle and jugular foramen, and in acquired, which is associated with the displacement of the epithelium by a perforation of the tympanic membrane.
In the study by Fábio et al. there are reports that cholesteatoma of the external auditory canal is uncommon and frequently affects the elderly.
Middle ear cholesteatoma, according to Jose Evandro et al. it is a disease with relatively significant appearance, which has a high incidence in Caucasians, but low in blacks. In addition, it is also reported that there is no difference in incidence between the sexes and that, with the exception of congenital cholesteatoma, this disease affects older people.
Cholesteatomas affect about 3 pediatric patients in 100,000 whereas in adults this incidence is 9 per 100,000 people, according to the study by Cristina et al. In that same case, a greater appearance of the disease was affirmed in males.
Studies indicate that genetic and environmental factors are directly related to the disease, which involves a series of cytokine reactions in its pathophysiology.
Clinical manifestations involve otalgia, otorrhea and hearing loss. In children, the tympanic membrane is preserved and is not associated with infectious conditions.
The diagnosis is clinical, but computed tomography is recommended for all patients, since through it you can see the extent of the lesion and the affected structures.
Complications of cholesteatomas involve meningitis, abscesses, venous sinus thrombosis, mastoiditis, paralysis of the facial nerve, labyrinthitis, labyrinthine fistula and bone destruction.
Treatment can be clinical or surgical. Clinical treatment consists of local cleaning and topical antibiotics, if necessary. It is indicated for patients who for some reason cannot perform the surgery and in the absence of otalgia.
Surgical treatment is indicated in the persistence of symptoms, in case of infection, diabetes mellitus, involvement of the hypotympanum, jugular or mastoid dome and in the presence of complications.
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Número de páginas: 4
- Matheus Augusto Fagundes Rezende
- Giovanna Maria Gontijo