BIÓPSIA TRANSORAL DO CORPO VERTEBRAL C2: UMA VIA ALTERNATIVA PARA LESÕES DE CABEÇA E PESCOÇO
Introdução: A biópsia percutânea por agulha com orientação por imagem é uma técnica bem estabelecida para o diagnóstico de lesões na cabeça e pescoço. As biópsias guiadas por tomografia computadorizada (TC) de lesões profundas da cabeça e pescoço são desafiadoras, visto que os principais vasos, nervos, vias aéreas ou estruturas ósseas frequentemente interferem no caminho da agulha projetada. Portanto, um conhecimento profundo da anatomia transversal complexa dessa região é essencial para planejar uma rota segura de acesso para uma biópsia por agulha. Objetivo: Descrever um relato de caso de biópsia transoral de C2 guiada por tomografia. Metodologia: Trata-se de um relato de caso, de natureza descritiva e observacional, que ocorreu no Hospital de Câncer de Barretos, onde foram coletados dados do paciente através do prontuário e exames de imagem pelo sistema do hospital. Relato de Caso: Paciente, 70 anos, sexo feminino, portadora de carcinoma espinocelular de colo de útero tratado localmente com ressecção cirúrgica e radioterapia, evolui após 6 meses, com lesão osteolítica, heterogênea, com componentes de partes moles e intenso realce pelo meio de contraste iodado no corpo cervical C2. Diante destes achados foram verificadas algumas hipóteses diagnósticas, dentre elas a espondilodiscite e lesão tumoral. Após reunião multidisciplinar com outras especialidades médicas, foi sugerido a biópsia guiada por tomografia e com acesso transoral pela equipe da Radiologia Intervencionista. Discussão: As lesões profundas da região cervical antigamente eram biopsiadas por via cirúrgica, todavia com o advento da radiologia intervencionista e o adequado estudo da anatomia seccional desta região, a biópsia percutânea se tornou um importante aliado na avaliação destas lesões. Conclusão: A via transoral é uma alternativa segura e eficaz para lesões de cabeça e pescoço profundas, evitando cirurgias abertas. A familiaridade com a anatomia da cabeça e pescoço e o planejamento cuidadoso do procedimento são necessários para uma biópsia precisa e segura.
BIÓPSIA TRANSORAL DO CORPO VERTEBRAL C2: UMA VIA ALTERNATIVA PARA LESÕES DE CABEÇA E PESCOÇO
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DOI: 10.22533/at.ed.0022118066
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Palavras-chave: Radiologia intervencionista; Biópsia de corpo vertebral; Biópsia transoral.
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Keywords: Interventional radiology; Vertebral body biopsy; Transoral biopsy.
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Abstract:
Introduction: Percutaneous needle biopsy with image guidance is a well-established technique for the diagnosis of head and neck injuries. Computed tomography (CT) guided biopsies of deep lesions of the head and neck are challenging since the main vessels, nerves, airways or bone structures often interfere with the projected needle path. Therefore, a thorough knowledge of the complex cross-sectional anatomy of this region is essential to plan a safe access route for a needle biopsy. Objective: To describe a case report of CT-guided transoral biopsy of C2. Methodology: This is a case report of a descriptive and observational nature, which took place at the Hospital de Câncer de Barretos, where patient data were collected through medical records and imaging exams through the hospital system. Case Report: Patient, 70 years old, female, with cervical squamous cell carcinoma treated locally with surgical resection and radiotherapy, evolves after 6 months, with osteolytic lesion, heterogeneous, with soft tissue components and intense enhancement through the iodinated contrast in the C2 cervical body. In view of these findings, some diagnostic hypotheses were verified, among them spondylodiscitis and tumor lesion. After a multidisciplinary meeting with other medical specialties, a biopsy guided by tomography and with transoral access by the Interventional Radiology team was suggested. Discussion: Deep cervical lesions used to be biopsied by surgery, however, with the advent of interventional radiology and the adequate study of the sectional anatomy of this region, percutaneous biopsy has become an important ally in the evaluation of these lesions.
Conclusion: The transoral approach is a safe and effective alternative for deep head and neck injuries, avoiding open surgery. Familiarity with the anatomy of the head and neck and careful planning of the procedure are necessary for an accurate and safe biopsy. -
Número de páginas: 8
- Luís Marcelo Ventura
- Renato Barboza da Silva neto
