AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM ACADÊMICOS DO CURSO DE NUTRIÇÃO EM FORTALEZA - CEARÁ
Introdução: Nos últimos anos, vem ocorrendo um aumento na produção e consumo de alimentos ultraprocessados, sendo uma das causas da atual pandemia de doenças crônicas não transmissíveis e excesso de peso/obesidade. Estudos afirmam que a saúde e o comportamento físico/social dos indivíduos são influenciados pelo ambiente que vivem. E hoje em dia o consumo destes alimentos, causado muitas vezes pela correria do dia a dia, levam as pessoas a querem uma praticidade que esse tipo de alimento irá oferecer. No entanto, o seu consumo em longo prazo pode trazer consequências negativas ao funcionamento do organismo, como o desenvolvimento de um estado inflamatório crônico sendo capaz de contribuir para os altos casos de obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo II, entre outras. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados de jovens acadêmicos do Curso de Nutrição de um centro universitário particular em Fortaleza/CE. Metodologia: Foram avaliados todos os estudantes de 18 a 60 anos incompletos, de ambos os sexos, estudantes universitários do Curso de Nutrição matriculados no curso em 2017, com coleta de dados de setembro a novembro do referido ano. A análise da alimentação habitual dos sujeitos da amostra estudada foi coletada por meio de dois recordatórios alimentares de 24 horas (R.A. 24h), não consecutivos, com classificação de ultraprocessados de acordo com o proposto pelo Guia Alimentar da Populaçāo Brasileira (BRASIL, 2014). Também foram confrontados os dados de ingestão dietética com os grupos alimentares, sugerido na Pirâmide Alimentar Brasileira (PHILLIPI et al., 1999), e com a classificação do Novo Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2014). Foi realizada dupla digitação, para análise estatística, utilizando os softwares Excel (Office 2016). Foi aprovada no comitê de Ética do Centro Universitário Christus (Unichristus) (nº 029567/2017). Resultados: De acordo com a análise, a ingestão alimentar em dois dias distintos, identificou-se que 93% dos entrevistados consumiam alimentos ultraprocessados (que passaram por técnicas de processamentos com alta quantidade de sal, açúcar e gorduras), o que impacta negativamente favorecendo o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Os alimentos mais ingeridos pela população estudada foram: o pão integral, com 26% de consumo; leite em pó (desnatado e integral), 25%; e biscoito (recheado, água e sal, salgados, etc.), 24%. Conclusão: Conclui-se que atualmente ainda há um grande consumo de alimentos ultraprocessados entre estudantes, por serem mais práticos e de fácil transporte. Porém o seu consumo em grandes quantidades pode resultar no ganho de peso e, por conseguinte propiciar um estado de inflamação, visto que são alimentos com altos teores de sódio, carboidrato simples e gorduras, e, consequentemente, resultando no crescimento dos casos de obesidade e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. A inflamação gerada pelo alto consumo de ultraprocessados, também pode levar a outras alterações fisiológicas, como disbiose da microbiota intestinal, que poderia levar desde disfunções gastrointestinais a alterações de humor por deficiência na produção de serotonina; carências nutricionais, principalmente de micronutrientes; o excesso de gordura abdominal, podendo levar à síndrome metabólica, que envolve Diabetes Mellitus tipo II (DM II), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM ACADÊMICOS DO CURSO DE NUTRIÇÃO EM FORTALEZA - CEARÁ
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DOI: 10.22533/at.ed.09720130112
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Palavras-chave: Ultraprocessados, Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Nutrição.
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Keywords: Keywords
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Abstract:
Abstract
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Número de páginas: 2
- Yonnaha Nobre Alves Silva
- Catherine de Lima Araújo
- Lia Fonteles Jereissati
- Lianna Cavalcante Pereira
- Lorena Almeida Brito
- Mateus Cardoso Vale
- Sabrina Pinheiro Lima
- Thaís Bastos Romero
- Walyson Moreira Bernardino
- Juliana Magalhães da Cunha Rego