AUTORES DA EXPANSÃO CAPITALISTA: UM BREVÍSSIMO ESTUDO SOBRE RELAÇÃO ENTRE AS POLÍTICAS ANTICÍCLICAS, ARQUITETURA E OS DIREITOS AUTORAIS
Partindo do reconhecimento do capitalismo como sistema de relações, e não como uma categoria estática, busca-se estudar como esse modo de produção engendra mecanismos no campo da arquitetura e urbanismo como forma de viabilizar seu movimento e expansão, sobretudo nas crises econômicas, conforme aponta David Harvey. Nesse contexto, a proteção dos direitos autorais, forjada juridicamente desde o século XVIII, aparece como garantidora da “originalidade arquitetural”, que beneficia o capital ao propiciar distinções e exclusividades às construções, desencadeando tanto a chamada “renda monopolista”, quanto o fomento de um mercado arquitetônico ligado ao consumismo ávido por inovações. Ao final, aborda-se um fenômeno recente e peculiar, as cópias arquitetônicas chinesas, que são exemplares para o estudo e que funcionam como: um produto de consumo (inicialmente para uma classe média chinesa emergente), uma política anticíclica (após a crise de 2008) e um desafio às questões do direito autoral perante o mundo (a segunda maior economia do planeta segue com as cópias sem grandes dificuldades).
AUTORES DA EXPANSÃO CAPITALISTA: UM BREVÍSSIMO ESTUDO SOBRE RELAÇÃO ENTRE AS POLÍTICAS ANTICÍCLICAS, ARQUITETURA E OS DIREITOS AUTORAIS
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DOI: 10.22533/at.ed.08621270110
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Palavras-chave: Estrutura Capitalista, Políticas Anticíclicas, Projetos Autorais, Cópias Chinesas
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Keywords: Capitalist Structure, Countercyclical Policies, Copyright Projects, Chinese Copies
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Abstract:
Starting from the recognition of capitalism as a system of relations and not as a static category, we seek to study how this mode of production engenders mechanisms in the field of architecture and urbanism as a way to enable its movement and expansion, especially in economic crises, as pointed out by David Harvey. In this context, the protection of copyrights, legally forged since the 18th century, appears as a guarantor of “architectural originality”, which benefits capital by providing distinctions and exclusivity to buildings, triggering both the so-called “monopoly income” and the promotion of a market architecture linked to consumerism eager for innovation. In the end of this text, a recent and peculiar phenomenon is approached, the Chinese architectural copies, which are exemplary for the study, functioning as: consumer product (initially for an emerging Chinese middle class), as a countercyclical policy (after the 2008 crisis) and as a challenge to copyright issues before the world (the second largest economy on the planet follows with copies without great difficulties).
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Número de páginas: 24
- Edgardo Moreira Neto