Introdução: A papaína provém do

látex do mamoeiro Carica papaya, encontrado

comumente no Brasil, é mistura complexa

de enzimas proteolíticas e peroxidases, que

causam a degradação do tecido desvitalizado

e da necrose, sem afetar o tecido de

granulação. Ademais, tem propriedades

farmacológicas anti-inflamatórias e reduz a

carga microbiana do leito da ferida. Objetivo:

Analisar os efeitos terapêuticos da enzima

proteolítica extraída do mamão no tratamento

de feridas infectadas. Métodos: Trata se de

uma pesquisa descritiva documental realizada

no ambulatório de especialidades do Hospital

Universitário de Maringá. Foi avaliada a opção

pelo tratamento no atendimento de um paciente

com ferida infectada no projeto “Socializando o

conhecimento da comunidade de práticas em

viabilidade tecidual e tratamento de feridas

na promoção do cuidado de enfermagem”. O

atendimento é realizado semanalmente, às

sextas-feiras, com início às 14 horas com registro

de imagens e evolução do tratamento da ferida

pelos alunos de enfermagem da Universidade

Estadual de Maringá sob supervisão dos

docentes do Departamento de Enfermagem

da universidade. Resultados: Inicialmente a

lesão apresentava aproximadamente 18 cm

de comprimento por 12 cm de largura, com

tecido inviável significativo e exsudato em

média quantidade. A opção para o tratamento

foi a papaína gel 10%. Acompanhado por 01

mês, ao final, foi observado redução dos sinais

de infecção. Depois de 2 meses, houve a

cicatrização. Conclusão: A evolução do quadro

clínico da ferida causada pela infecção de

polimicrobianos demonstra a eficácia da enzima

proteolítica extraída do mamão.