As representações sociais

(MOSCOVICI, 2003; 2010) gravitam as

interações sociais, sendo o mote destas,

o poder das ideias que é comunicado nas

relações grupais e intergrupais. A presente

incursão tem por escopo analisar as ideias

comunicadas (MOSCOVICI, 2003; 2010) pelos

trabalhadores e trabalhadoras da educação

de escola pública do município de Santos e

a reboque da Teoria da Ação (BOURDIEU,

1994; 1996) e à Teoria dos Papéis (MORENO,

1993) desvelar verossimilhanças nestas

comunicações, complementaridades,

divergências e possibilidades de objetivações

e ancoragens, incorporando o novo ao

existente; os novos habitus, no confronto

das necessidades desejadas e habituais; e

à incorporação de contrapapéis quando as

conservas culturais sofrem interpolações de

resistências. O presente estudo perpassa as

contradições entre a instrumentalização e a

humanização a ser cotejada, perscrutando

as políticas e processos de formação, que

impactam, tensionam e desencadeiam

os processos de profissionalização dos

trabalhadores da educação. Partir destes

paradoxos e conversando com Moscovici

(2010), Bourdieu (1994; 1996) e Moreno (1993),

é o objetivo deste texto para se chegar a uma

melhor compreensão das representações

profissionais. Estas contradições abrem novas

possibilidades de “desocultar” o mundo como

espaço de desejo, viabilizando desta forma, sua

reinvenção – mitigando a complexa equação

pedagógica que define aprender como atividade

intelectual prazerosa e com sentido (CHARLOT,

2016).