O objetivo deste trabalho é avaliar o estado limite último de força cortante de lajes
alveolares protendidas considerando o comprimento de transferência, protensão
efetiva na região de extremidade, comparando as cargas de ruptura obtidas em
alguns ensaios experimentais [Pajari (2005), Catoia (2011) e França (2012), Araújo
et al. (2020)], com as equações disponíveis na literatura, para identificar qual das
equações melhor representa a resistência ao cisalhamento em lajes de espessura
reduzida. Para isso, desenvolveu-se um estudo teórico com o emprego do
equacionamento analítico disponível na literatura técnica, além de identificar análise
paramétrica das variáveis que mais interferem nas previsões do comportamento das
lajes alveolares protendidas. Verificou-se que para as estruturas particulares
avaliadas, em geral, a espessura laje, a força de protensão aplicada e o
preenchimento de alvéolos com concreto são parâmetros que interferem diretamente
no modo de ruptura à força cortante de lajes alveolares protendidas. Já para painéis
alveolares de espessura reduzida a contribuição do preenchimento de alvéolos na
resistência ao cisalhamento foi insignificante do ponto de vista estatístico. Com
relação aos os códigos normativos, a NBR 14861:2011 foi que melhor representou o
comportamento ao cisalhamento em lajes alveolares de espessura reduzida. Caso
diferente, foi observado para lajes de espessura reduzida que possuem núcleos
preenchidos por concreto, em que os códigos normativos aplicados para o cálculo
teórico não obtiveram uma boa correlação com os valores experimentais.