ADDIE BUNDREN NO REINO DO INDECIDÍVEL: UMA LEITURA DESCONSTRUTIVA DE WILLIAM FAULKNER
O principal objetivo deste trabalho
é oferecer uma nova possibilidade de análise
do monólogo interior de Addie Bundren,
personagem central de Enquanto agonizo,
romance de William Faulkner publicado em
1930. Sem deixar de levar em conta o imperativo
do diálogo com a tradição, busca-se amparo
no pensamento filosófico de Jacques Derrida,
sobretudo naquelas ideias apresentadas n’A
farmácia de Platão (2005) a respeito do quaseconceito
de pharmakón. Acredita-se que a
matriarca da família Bundren – duplamente viva
e morta, audível e inaudível, presente e ausente
– transmuta-se ao longo da narrativa em uma
linguagem que lhe serve tanto de veneno como
de remédio e, ao fazê-lo, passa a residir no
reino do indecidível.
ADDIE BUNDREN NO REINO DO INDECIDÍVEL: UMA LEITURA DESCONSTRUTIVA DE WILLIAM FAULKNER
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DOI: 10.22533/at.ed.2831925061
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Palavras-chave: William Faulkner. Jacques Derrida. Morte. Pharmakón. Indecidível
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Keywords: William Faulkner. Jacques Derrida. Death. Pharmakón. Undecidable
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Abstract:
The main objective of this work
is to offer a new possibility of analysis of the
interior monologue of Addie Bundren, central
character of William Faulkner’s 1930s novel As
I lay dying. Although the necessity of dialoguing
with the tradition is taken into consideration,
a support in Jacques Derrida’s philosophical
thinking is here sought, especially those ideas
presented in Plato’s pharmacy (2005) regarding
the quasi-concept of pharmakón. It is believed
that the matriarch of the Bundren family – doubly
alive and dead, audible and inaudible, present
and absent – transforms herself throughout the
narrative into a language that serves as both
poison and remedy and, in doing so, starts to
dwell in the realm of the undecidable.
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Número de páginas: 15
- Leila de Almeida Barros