O texto aborda a relação entre

família e escola a partir da percepção, durante

uma intervenção realizada com um grupo de

professores do 6º ano do ensino fundamental,

de distorções na compreensão da participação

de pais na vida escolar de dois alunos com

deficiência intelectual incluídos em uma escola

municipal na cidade de Pelotas/RS. Quanto ao

tipo de pesquisa, trata-se de uma intervenção

com inspiração no modelo do Laboratório de

Mudança proposto por Engeström (2007). O

propósito do texto é apresentar a tentativa de

superação da distância entre família e escola

com a criação de uma ferramenta – a agenda

– para estreitar a comunicação entre elas e

dar suporte ao processo de aprendizagem do

aluno incluído. A implementação da agenda

é compreendida como possibilidade de

aprendizagem expansiva, conceito proposto por

esse mesmo autor (ENGESTRÖM, 1987). Os

dados da intervenção – as interações verbais

transcritas – são articulados descrevendo as

ações de aprendizagem expansiva relacionadas

ao desenvolvimento dessa ferramenta. A

intervenção não logrou a consolidação da

agenda como nova prática naquela escola,

contudo houve mudanças na percepção que os

professores tinham sobre as famílias. Concluise que tais ações não efetivaram aprendizagem

expansiva, mas podem ser consideradas ações

de transição, já que houve pequenas mudanças

na maneira com as famílias dos alunos incluídos

eram vistas pela escola.