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capa do ebook A Síndrome Metabólica e a Resistência à Insulina na Síndrome Metabólica

A Síndrome Metabólica e a Resistência à Insulina na Síndrome Metabólica

A síndrome do ovário policístico (SOP) é decorrente de uma alteração

hormonal entre as mulheres em idade reprodutiva, com incidência em torno de

4 a 12%. Seu diagnóstico é feito pela presença de amenorreia (anovulação),

hiperandrogenismo e ovários policísticos, além de obesidade, dislipidemia e

resistência à insulina (RI). O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre

SOP, RI e síndrome metabólica (SM). Para isso foi realizado uma revisão de

literatura, na base de dados PubMed, Scielo e UptoDate utilizando os seguintes

descritores: síndrome metabólica, resistência à insulina, síndrome do ovário

policístico e obesidade, sendo utilizados 10 artigos do ano 2007 ao ano 2015. A

causa da SOP ainda não é bem estabelecida, mas suspeita-se que ocorra uma

alteração na liberação pulsátil de gonadotrofina, de hormônio lutenizante (LH) e

folículo estimulante (FSH), nas funções ovariana e da supra-renal, além do

quadro de RI; sendo esse último relatado em 50 a 70% das mulheres com

SOP, obesas com SM e não obesas. A RI pode ser identificada pelo índice de

HOMA, teste de tolerância oral à glicose e teste de QUICKI. A insulina estimula

a lipogênese, converte andostenediona em testosterona, estimula a produção

ovariana de androgênio devido ao aumento do LH e da proteína carregadora

do fator de crescimento semelhante à insulina (IGFB-1), suprime a globulina

ligadora de hormônios sexuais (SHBG), resultando em maior

biosdisponibilidade de androgênio no organismo, que junto com a leptina

aumentam o hormônio liberador de GH o que favorece a secreção de LH e não

de FSH, com isso não há crescimento e maturação dos folículos ovarianos.

Estudos demonstram que a exposição de andrógenos intra-útero leva ao

aumento da lipogênese, acarretando um maior acúmulo de gordura,

principalmente na região abdominal (obesidade visceral/central). A hipertrofia

dos adipócitos viscerais resulta na produção de citocinas e quimiocinas pró-

inflamatórias, que alteram a ação do receptor de insulina. Consequentemente,

ocorre uma contínua liberação de ácidos graxos livres, que são captados e

metabolizados no fígado, resultando em maior produção hepática de glicose e

estimulação das células β-pancreáticas (insulina). Além disso, o

hiperandrogenismo e elevada taxa de testosterona acarreta maior expressão

de receptores e redução da lipólise visceral. Somado a isso, a obesidade já

está associada à redução da ovulação, aumento de abortos e complicações

tardias na gestação, podendo, dessa forma, elevar o risco de infertilidade

característica à síndrome. Diante disso, conclui-se que há uma interação em

entre RI, hiperandrogenismo e obesidade, na qual um potencializa o outro na

SOP. Torna-se importante, nesse contexto, o acompanhamento e

aconselhamento das portadoras dessa síndrome, quanto às possíveis

alterações que possam estar associadas, assim como as modificações dos

hábitos de vida.

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A Síndrome Metabólica e a Resistência à Insulina na Síndrome Metabólica

  • DOI: 10.22533/at.ed.6052025052

  • Palavras-chave: ovário policístico, síndrome metabólica, resistência à insulina

  • Keywords: polycystic ovary, metabolic syndrome, insulinic resistence

  • Abstract:

    A síndrome do ovário policístico (SOP) é decorrente de uma alteração

    hormonal entre as mulheres em idade reprodutiva, com incidência em torno de

    4 a 12%. Seu diagnóstico é feito pela presença de amenorreia (anovulação),

    hiperandrogenismo e ovários policísticos, além de obesidade, dislipidemia e

    resistência à insulina (RI). O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre

    SOP, RI e síndrome metabólica (SM). Para isso foi realizado uma revisão de

    literatura, na base de dados PubMed, Scielo e UptoDate utilizando os seguintes

    descritores: síndrome metabólica, resistência à insulina, síndrome do ovário

    policístico e obesidade, sendo utilizados 10 artigos do ano 2007 ao ano 2015. A

    causa da SOP ainda não é bem estabelecida, mas suspeita-se que ocorra uma

    alteração na liberação pulsátil de gonadotrofina, de hormônio lutenizante (LH) e

    folículo estimulante (FSH), nas funções ovariana e da supra-renal, além do

    quadro de RI; sendo esse último relatado em 50 a 70% das mulheres com

    SOP, obesas com SM e não obesas. A RI pode ser identificada pelo índice de

    HOMA, teste de tolerância oral à glicose e teste de QUICKI. A insulina estimula

    a lipogênese, converte andostenediona em testosterona, estimula a produção

    ovariana de androgênio devido ao aumento do LH e da proteína carregadora

    do fator de crescimento semelhante à insulina (IGFB-1), suprime a globulina

    ligadora de hormônios sexuais (SHBG), resultando em maior

    biosdisponibilidade de androgênio no organismo, que junto com a leptina

    aumentam o hormônio liberador de GH o que favorece a secreção de LH e não

    de FSH, com isso não há crescimento e maturação dos folículos ovarianos.

    Estudos demonstram que a exposição de andrógenos intra-útero leva ao

    aumento da lipogênese, acarretando um maior acúmulo de gordura,

    principalmente na região abdominal (obesidade visceral/central). A hipertrofia

    dos adipócitos viscerais resulta na produção de citocinas e quimiocinas pró-

    inflamatórias, que alteram a ação do receptor de insulina. Consequentemente,

    ocorre uma contínua liberação de ácidos graxos livres, que são captados e

    metabolizados no fígado, resultando em maior produção hepática de glicose e

    estimulação das células β-pancreáticas (insulina). Além disso, o

    hiperandrogenismo e elevada taxa de testosterona acarreta maior expressão

    de receptores e redução da lipólise visceral. Somado a isso, a obesidade já

    está associada à redução da ovulação, aumento de abortos e complicações

    tardias na gestação, podendo, dessa forma, elevar o risco de infertilidade

    característica à síndrome. Diante disso, conclui-se que há uma interação em

    entre RI, hiperandrogenismo e obesidade, na qual um potencializa o outro na

    SOP. Torna-se importante, nesse contexto, o acompanhamento e

    aconselhamento das portadoras dessa síndrome, quanto às possíveis

    alterações que possam estar associadas, assim como as modificações dos

    hábitos de vida.

  • Número de páginas: 1

  • Camila Dias Medeiros
  • Yulle de Oliveira Martins
  • Emília Oliveira Santos
  • Maria Oliveira Santos
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