A PERMANÊNCIA DA ANOSMIA EM PACIENTES CURADOS DE COVID-19: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
A pandemia da COVID-19 ainda apresenta diversas incógnitas, uma delas é a permanência dos sintomas mesmo após a fase aguda da doença. Os distúrbios olfatórios são uns dos principais sintomas da doença, com destaque para a anosmia. Derivada de um distúrbio neurológico, a anosmia pode persistir de 6 a 12 meses pós-infecção, mesmo o paciente apresentando IgG em seu exame sorológico. Após o acometimento do trato respiratório superior, principalmente, por lesão do epitélio olfatório, é ocasionada a interrupção da via de sinalização neural olfatória. Com base nas evidências disponíveis, a fisioterapia olfatória é a recomendação para o tratamento da disfunção olfatória pós-viral. O trabalho tem como objetivo analisar a permanência da anosmia nos pacientes curados de COVID-19, além de identificar o prognóstico e melhor tratamento. Este artigo trata-se de um estudo de revisão sistemática que relaciona a anosmia com o pós infecção da COVID-19. Foram utilizadas as bases de dados, PUBMED e a JAMA NETWORK, obtendo 23 artigos a partir dos descritores “anosmia AND (covid-19 OR sars-cov-2 OR coronavirus) AND post infection” e “Covid AND Smell”. Este trabalho identificou, a partir dos artigos revisados, que a persistência e gravidade da anosmia pós COVID estão associadas à severidade dos danos causados pela doença ao neuroepitélio olfatório, não havendo associações significativas entre a persistência da anosmia com o sexo ou idade dos pacientes. A permanência da anosmia em pacientes curados da infecção por Sars-CoV-2 pode durar de uma a duas semanas. Entretanto, ainda se verifica a possibilidade da anosmia continuar presente no paciente por períodos maiores, sendo a fisioterapia olfatória importante para a recuperação integral do olfato.
A PERMANÊNCIA DA ANOSMIA EM PACIENTES CURADOS DE COVID-19: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
-
DOI: 10.22533/at.ed.6662122112
-
Palavras-chave: COVID-19, Anosmia
-
Keywords: COVID-19, Anosmia
-
Abstract:
The COVID-19 pandemic still has several unknowns, one of which is the persistence of symptoms even after the acute phase of the disease. Olfactory disorders are one of the main symptoms of the disease, with an emphasis on anosmia. Originated from a neurological disorder, anosmia can persist from 6 to 12 months post-infection, even if the patient presents positive IgG on his serological exam. After the involvement of the upper respiratory tract, mainly due to damage to the olfactory epithelium, the olfactory neural signaling pathway is interrupted. Based on the available evidence, olfactory physiotherapy is the treatment recommendation for post-viral olfactory dysfunction. The study aims to analyze the persistence of anosmia in patients who were cured from COVID-19, in addition to identifying the best treatment and prognosis. This article is a systematic review study that relates anosmia to post-COVID-19 infection. The databases PUBMED and JAMA NETWORK were used, obtaining 23 articles from the descriptors "anosmia AND (covid-19 OR sars-cov-2 OR coronavirus) AND post infection" and "Covid AND Smell". This article identified, from the reviewed articles, that the persistence and severity of anosmia after COVID are associated with the severity of the damage caused to the olfactory neuroepithelium by the disease, with no significant associations between the persistence of anosmia with the gender or age of patients. The persistence of anosmia in patients cured from Sars-CoV-2 infection can last from one to two weeks. However, anosmia can still remain present for longer periods of time, and olfactory physiotherapy is important for the full recovery of smell.
-
Número de páginas: 6
- Matheus Santos Machado
- Murillo Moreira Oliveira de Carvalho
- Alaor Cabral de Melo Neto
- Lucas Eduardo Alves Souza
- Pedro Vitor Braga de Oliveira
- Tomás Braga Mattos
- Christyan Polizeli de Souza
- Rodrigo Queiroz de Souza
- Cássio Filho Cysneiros de Assis
- Alephe dos Santos Marques
- Otaviano Ottoni da Silva Netto
- Igor Carneiro Machado
