A CENTRALIDADE DA NARRATIVA E SEU CARÁTER TRANSITÓRIO
A escrita, como forma de persuasão do sujeito moderno, tende a padronizar
conceitos: seja para o lado de domínio hegemônico, seja para o lado do diferente. A questão
da escrita marginal, e consequentemente, o relato daqueles que vivem tal experiência, é
permeado de impressões pessoais, análises de casos, ou mesmo circunstâncias
socioeconômicas. O relato do Carandiru não foi diferente. Drauzio Varela (1943), no papel de
narrador, percorre os pavilhões da extinta penitenciária de segurança máxima, Carandiru
(1920-2002), a fim de descobrir casos de contaminação de HIV, entretanto, o que o médico
encontra vai além de doenças, descobre relatos com alto valor biográfico, e com isso resolve
traçar os percursos por onde alguns detentos passaram e o que fez com que chegassem até
ali.
A CENTRALIDADE DA NARRATIVA E SEU CARÁTER TRANSITÓRIO
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DOI: 10.22533/at.ed.4042325072
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Palavras-chave: Escrita hegemônica, marginalidade, biografia.
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Keywords: Hegemonic writing, marginality, biography.
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Abstract:
Writing, as a form of persuasion of the modern subject, tends to standardize
concepts: either on the side of hegemonic domain, or on the side of the different. The issue of
marginal writing, and consequently, the report of those who live such an experience, is
permeated by personal impressions, case analyzes, or even socioeconomic circumstances.
Carandiru's account was no different. Drauzio Varela (1943), in the role of narrator, travels the
pavilions of the extinct maximum security penitentiary, Carandiru (1920-2002), in order to
discover cases of HIV contamination, however, what the doctor finds goes beyond diseases, he
discovers stories with high biographical value, and with that he decides to trace the paths taken
by some inmates and what led them to get there.
- Alessandra Barros Pereira Ferreira
