Ebook - Relendo Capitães da Areia pelas lentes do cinema: relações sociais e violência na adaptação cinematográfica do livro de Jorge AmadoAtena Editora

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1. Amado, Jorge, 1912-2001 - Crítica e interpretação. 2. Cinema. 3. Literatura....

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Relendo Capitães da Areia pelas lentes do cinema: relações sociais e violência na adaptação cinematográfica do livro de Jorge Amado

Publicado em 12 de julho de 2024.


Este livro pretende analisar a relação entre o romance Capitães da areia, escrito por Jorge Amado e publicado em 1937, e a adaptação fílmica de mesmo título, produzida e dirigida pela neta do autor, Cecília Amado, em 2011. A pesquisa discute a maneira como a cineasta realiza o cruzamento das leituras de caráter histórico, cultural e social do texto-fonte, tendo como base os pressupostos teóricos de Robert Stam, Linda Hutcheon e Júlio Plaza, acerca das adaptações intermidiáticas. O primeiro capítulo faz uma revisão das correntes literárias da época em que se ambienta o romance – um importante panorama para que a ideologia da obra do autor baiano seja recuperada e que foi traçado de acordo com as pesquisas de Luís Bueno, Alfredo Bosi, Antônio Candido, Lígia Chiappini, João Luiz Lafetá e Renato Ortiz. Paralelamente, acontecimentos político-sociais importantes de tal período da História do Brasil também são recobrados, visto que a busca de elementos de resgate da identidade nacional era impulsionada. Assim, autores que discorrem sobre o período da modernidade embasam a pesquisa inicial, pautando a análise do romance exclusivamente. Em seguida, são destacados estudos sobre a caracterização das cidades e sobre os processos de formação da identidade nacional, com o objetivo de explicar como ocorreu a transição entre os períodos que separam o lançamento do filme da publicação da obra que o originou - a pós- modernidade e a modernidade, respectivamente. Para tanto, as pesquisas de Stuart Hall, Roberto DaMatta e Renato Cordeiro Gomes norteiam as análises. Com o segundo capítulo buscou-se uma visão geral de como as hierarquias, fortemente arraigadas, aos poucos foram desconstruídas por meio das pesquisas pós-coloniais – desfazendo imagens de superioridade e fidelidade atribuídas à Literatura e à adaptação, respectivamente. O papel do adaptador, nesse momento, é exposto detalhadamente. Visando exemplificar a teoria por meio da prática, o terceiro capítulo aponta passagens específicas do romance transportadas para a grande tela, buscando analisar como tais relações interpessoais foram atualizadas no ambiente urbano e violento. Visto que tais relações, tanto da obra literária, quanto da adaptação fílmica, acontecem nas ruas de Salvador, entre os meninos de rua de Salvador, o estreito diálogo que o espaço urbano e brutal estabelece com os sujeitos adquire grande importância para a presente análise. Por essa razão, é elencada uma série de afastamentos e aproximações entre os textos-fonte e alvo, objetivando verificar quais relações transtextuais foram estabelecidas. A leitura da produção fílmica, no quarto capítulo, está pautada pela teoria a respeito da “modernidade líquida”, desenvolvida pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Sendo assim, esse capítulo, por ser específico sobre o filme, trará pesquisas e conceitos pós-modernos, os quais visam delinear o panorama das relações interpessoais atualmente, propondo uma visualização do que vem mudando nas sociedades. Portanto, o derretimento das fronteiras, bem como das relações interpessoais, permeadas pela violência urbana, será um aspecto observado durante o estabelecimento do paralelo entre literatura e cinema, entre modernidade e pós-modernidade.

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Relendo Capitães da Areia pelas lentes do cinema: relações sociais e violência na adaptação cinematográfica do livro de Jorge Amado

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.721240506

  • ISBN: 978-65-258-2672-1

  • Palavras-chave: 1. Amado, Jorge, 1912-2001 - Crítica e interpretação. 2. Cinema. 3. Literatura. I. Calado, Prila Leliza. II. Título.

  • Ano: 2024

  • Número de páginas: 103

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