Publicado em 26 de fevereiro de 2025.

As plantas medicinais são fonte de componentes com ação farmacológica que promovem o tratamento e a cura de algumas doenças. O uso das plantas medicinais é enraizado na cultura quilombola, fazendo com que esse povo possua um conhecimento prévio sobre a fitoterapia. A prática da fitoterapia para a manutenção da saúde é acessível a todos, inclusive às populações mais vulneráveis, como é o caso das comunidades tradicionais brasileiras.

O uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças é importante para os remanescentes de quilombolas, pois, em determinados mocambos, o acesso à farmácia e aos serviços de saúde público é dificultado pela distância geográfica entre os quilombos e unidades básicas de saúde, e pela falta de transporte público gratuito.

A biodiversidade do bioma Cerrado traz consigo aproximadamente 7 mil espécies botânicas descritas, incluindo inúmeras espécies com propriedade medicinal. A utilização de plantas medicinais provenientes do Cerrado pelos quilombolas está intimamente ligada aos fatores históricos, além da influência da localização geográfica. Assim, esses povos assemelham-se na forma de utilização das plantas medicinais a partir da cultura passada pelos seus antepassados, os quais instruíam as gerações futuras sobre as indicações fitoterápicas das plantas e o seu modo de manipulação.