Mãe Xanda: fronteiras entre identidade étnica e o ofício de partejar
Publicado em 01 de novembro de 2022.
Esta pesquisa analisa a figura da parteira Alexandrina Constantina da Silva, conhecida como Mãe Xanda, e suas vivências entre o distrito de Três Morros no município de Lafaiete Coutinho e cidades circunvizinhas, buscando compreender quais as fronteiras construídas entre a identidade étnica e o ofício de parteira. Recorre-se aqui à metodologia da História Oral (HO) cruzando informações com documentos coletados em instituições locais que deram subsídios para a pesquisa, trazendo aportes em autores como Thompson (1992) mostram que a História Oral como metodologia e técnica, pode dar grande contribuição para a reconstituição da memória social, sendo necessário preservar para não cair no esquecimento. Nesse viés, a pesquisa finaliza mostrando as fronteiras enfrentadas por Mãe Xanda entre a identidade de mulher de matriz africana, viúva, pobre e o ofício de partejar com suas rupturas e permanências na trajetória construída entre os ditames de grupos hegemônicos e as estratégias de sobrevivência com o conceito de comadrio, compreendido como uma relação de gênero tática entre mulheres, parteiras e crianças vindas ao mundo sob as mãos de Mãe Xanda.
Mãe Xanda: fronteiras entre identidade étnica e o ofício de partejar
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DOI: 10.22533/at.ed.799223110
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ISBN: 978-65-258-0779-9
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Palavras-chave: 1. Mulher negra - Parteira - Mãe Xanda. 2. Negras e negros - Identidade racial. I. Silva, Paulo Roberto Nogueira. II. Título.
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Ano: 2022