Ebook - História, Medicina e HigieneAtena Editora

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1. História da medicina. I. Bueno, Gessica de Brito (Organizadora). II. Silva, E...

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capa do ebook História, Medicina e Higiene

História, Medicina e Higiene

Publicado em 19 de agosto de 2025.

Esta obra se insere em uma renovação historiográfica que ganhou força após os anos 1970, quando estudiosos passaram a valorizar práticas culturais concretas. Pesquisas então emergentes abriram espaço para o que hoje conhecemos como História das Ciências. O livro segue essa linha ao explorar a relação entre ciência, cultura e corpo. Seu objetivo é equilibrar análise teórica com investigações baseadas em fontes históricas diversas.
A História das Ciências se define menos pelos temas e mais pelas abordagens que aplica a objetos como alimentação, saúde e natureza. O campo exige que se investigue, por exemplo, o impacto bioquímico dos alimentos e seus sentidos médicos. Esta obra propõe análises que vão além do simbólico, explorando a construção do saber científico. A motivação é refletir com profundidade sobre os modos históricos de entender o corpo e a vida.
Este volume reúne reflexões que têm como eixo comum a História das Ciências da Saúde, um subcampo que ganhou maior projeção a partir do século XX, especialmente com iniciativas como a de Henry Sigerist, que fundou em 1933 o Bulletin of the History of Medicine. Cada capítulo do livro se articula com esse campo ao investigar diferentes períodos e regiões, utilizando fontes variadas e enfoques interdisciplinares. O primeiro capítulo, escrito por Gessica de Brito Bueno e Rodrigo Perles Dantas, analisa os conceitos de simpatia e antipatia nos paradigmas de saúde e doença na Antiguidade clássica e sua persistência até o século XVIII.
O segundo capítulo, de autoria de Eduardo Mangolim Brandani da Silva, Gessica de Brito Bueno e Christian Fausto Moraes dos Santos, investiga o imaginário insalubre das cidades medievais, do século VI ao XV. A análise se concentra nas preocupações com a salubridade dos espaços urbanos e nos discursos médicos e religiosos que moldaram essas percepções. Já o terceiro capítulo, escrito por Eduardo Mangolim Brandani da Silva, Anelisa Mota Gregoleti e Christian Fausto Moraes dos Santos, traz uma contribuição singular ao abordar práticas médicas durante as Cruzadas, com foco especial na cirurgia como prática terapêutica. Com isso, a obra convida o leitor a repensar a história da medicina e da ciência não como um percurso linear, mas como um campo dinâmico e plural de interpretações.

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