Publicado em 20 de dezembro de 2024.

Essa obra não tem o intuito de apresentar problemas usuais do cotidiano do Engenheiro Civil, e sim disponibilizar um material com análises mais complexas de casos atípicos, como barras curvas e de seção transversal variável. Portanto,
serão discutidos aqui exercícios de pórticos compostos por barras de eixo reto e arcos de circunferência solicitados por cargas distribuídas e concentradas para o leitor interessado em aprofundar-se em tópicos relacionados à Engenharia
de Estruturas, em especial àqueles diretamente ligados ao cálculo de esforços internos, deslocamentos e rotações em pórticos isostáticos e hiperestáticos.
O conceito por trás da ideia de utilizar o PTV (Princípio dos Trabalhos Virtuais) como conteúdo principal no exercício de elementos menos usuais das estruturas passa pela necessidade de identificação e determinação dos esforços relevantes inerentes a esse Princípio. Dessa forma, considera-se o PTV quase como um pretexto para calcular momentos fletores, normais, cortantes, deflexões e rotações em seções de elementos e situações menos comuns.
A propósito, é exigido dos leitores um grau de familiaridade com conceitos mais gerais da Análise Estrutural, tais como esforços internos, hiperestaticidade, assim como denominações mais específicas do PTV, como Sistema Real ou Estado de Deformação, Sistema Virtual ou Estado de Carregamento, Sistemas [0], [1], [n] do Método das Forças, entre outros. Os autores recomendam títulos como Süssekind (1980), Soriano & Lima (2006), e Martha (2022) para os interessados.
Faz-se necessário também ressaltar o aspecto pouco prático, em termos de construção civil, de alguns valores de cargas e deslocamentos, por exemplo. As discrepâncias nas ordens de grandezas são justificadas não apenas pelo
descompromisso com a realidade, focando na prática e aprofundamento de algumas metodologias de cálculo, mas também pelo incentivo ao desenvolvimento do senso crítico, do “olho do engenheiro” numa era cada vez mais dominada pela computação e inteligências artificiais.
Os autores registram aqui seus agradecimentos aos respectivos familiares, que ofereceram suporte incondicional a essa empreitada.
Agradecemos, também, aos Professores de Engenharia Civil das instituições UEMA (Universidade Estadual do Maranhão) e IFMA (Instituto Federal do Maranhão), com especial menção a Luís Alfredo Lopes Soares (In memoriam), João Celso Martins Marques, Ivar Ribeiro Hortegal, Henrique Mariano Costa do Amaral e André Sarkis Müller, por suas valiosas contribuições ao longo de nossa jornada acadêmica.
Estendemos os agradecimentos aos nossos orientadores de Mestrado e Doutorado: Mounir Khalil El Debs, Ana Lucia Homce de Cresce El Debs, Wilson Sérgio Venturini (In memoriam), Alaa Mohamed-Chateauneuf e Robert Lars Vollum.

Aos então discentes Letícia Amorim Melo, Thaynara de Jesus Martins da Silva, David dos Santos Coimbra e Marco Antonio Pinho Leite, que contribuíram com sugestões significativas durante a etapa de correção do trabalho, essenciais para a elaboração de sua versão final.