Ética, poder e corrupção no Brasil: A ética como fator fundamental nas relações humanas: Induz a eficiência, controla o poder e inibe a corrupção
Publicado em 09 de junho de 2022.
Este trabalho, por meio do método dedutivo de pesquisa bibliográfica, tem por objetivo refletir sobre a evolução do estudo sobre a ética na visão de Aristóteles, Immanuel Kant, Max Weber e Hans Jonas, demonstrar que a ética permeia as relações humanas e verificar: A ética induz a eficiência, controla o poder e inibe a prática da corrupção? Na antiguidade grega Aristóteles considerava que a ética se baseava nas virtudes, numa acepção puramente filosófica. Essa postura perdurou até Immanuel Kant estabelecer importante quebra de paradigma por meio de seus estudos sobre a ética, passando a associa-la a deveres e princípios, bem como passar a estuda-la cientificamente. Já Max Weber adicionou a responsabilidade à ética, adequando esta concepção à modernidade, cujas premissas foram complementadas por Hans Jonas. A ética é um fator que rege o comportamento das pessoas de bem e que contribui para a evolução de uma sociedade em razão de visar ao bem comum, desta forma, traz benefícios às sociedades em que as pessoas pautam seu comportamento por ela. Na área empresarial é importante desenvolver-se uma cultura ética, pois será ela a grande responsável pela adequação da empresa às exigências dos mercados cada vez mais voltados para a conformidade baseada em regras mundialmente consideradas corretas.
Concomitantemente, protege as empresas contra as investidas daqueles envolvidos na corrupção. A liderança terá grande importância porque, por meio da ética, produzirá eficiência nos processos desenvolvidos no interior das empresas. O compliance passa a ser requisito para realização de negócios no mundo globalizado. Busca-se demonstrar que ética, quando habitualmente adotada pelas pessoas, contribui decisivamente para a melhoria das relações sociais. É um fator que traz eficiência tanto para a estrutura governamental quanto para a área empresarial. Em virtude de a ética apresentar essas qualidades, adquire a capacidade de controlar as paixões humanas. O poder em geral, particularmente o poder político, interage com essas paixões exponenciando-as tanto para o bem quanto para o mal. Por essa razão a ética é um fator de controle interno do ser humano que o permite conviver com o poder utilizando-o para o bem comum e impedindo que seja manipulado de forma a permitir que uma pessoa use o poder pelo poder. Contrariamente à postura ética tem-se a falta dela que, associada ao poder, faz com que o seu detentor o utilize para o próprio favorecimento ou de um grupo ao qual pertence. Assim, surge a corrupção que é literalmente a quebra de valores considerados virtuosos. A corrupção, de uma forma geral, é composta de ações desenvolvidas por indivíduos que abandonam valores morais considerados como corretos pela sociedade e passam a trabalhar contra ela, visando interesses próprios. A corrupção está presente na sociedade humana desde sempre. Inicia-se de forma horizontal, verticalizase e, posteriormente, é institucionalizada, fase em que gera imensos prejuízos à sociedade.
Nesta última fase organizações criminosas unem-se com empresas e governos com o objetivo de cada vez mais subtrair recursos dos pagadores de tributos. Por fim, constatase que a adoção de padrões éticos pelas pessoas que compõem uma sociedade induz a eficiência nas complexas interações sociais, contribui para o controle do poder e inibe a prática da corrupção de forma geral.
Ética, poder e corrupção no Brasil: A ética como fator fundamental nas relações humanas: Induz a eficiência, controla o poder e inibe a corrupção
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DOI: 10.22533/at.ed.865220806
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ISBN: 978-65-258-0186-5
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Palavras-chave: 1. Ética. 2. Liderança. 3. Eficiência. 4. Poder. 5. Corrupção. I. Nuñez, Ricardo Tannenbaum. II. Título.
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Ano: 2022