Estratégias de ensino em educação ambiental para os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio
Publicado em 10 de julho de 2024.
A atual crise do capitalismo que se materializa pela desigualdade social, na miséria de muitos (na riqueza de poucos), na fome estrutural e na emergência climática – em sua dimensão socioambiental.
Passadas mais de cinco décadas das denúncias da “Primavera Silenciosa” e das propostas incipientes da Conferência de Estocolmo em torno de uma governança global para o enfrentamento da questão ambiental, podemos constatar que há muito a se fazer em termos da produção de um conhecimento para o enfrentamento da crise ambiental planetária, agravada por uma emergência sanitária trazida por pandemias como a COVID-19.
Neste sentido, torna-se necessário que a construção de um saber ambiental (LEFF, 1988) que possa articular todos os setores da sociedade em torno de um diálogo de saberes capaz de superar a complexidade do desafio ambiental.
Portanto, juntamente com a sociedade civil produzindo processos educativos não-formais, torna-se fundamental a produção de um saber escolar engajado nas transformações exigidas pela crise ambiental.
A obra “Estratégias de ensino em educação ambiental para os anos finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio” se coloca como uma proposta de apoio a educadores e educandos para construção de “estratégia de ensino”, que possam ser participativas e dialógicas.
A estratégia de ensino pode ser compreendida como um plano de ação para alcançar metas e objetivos em um contexto de ensino-aprendizagem. Ela pode potencializar o desenvolvimento de competências específicas necessárias na transformação de uma consciência ingênua em uma consciência crítica, pode ser uma ferramenta que apoia a formação do sujeito como cidadão crítico.
No campo da educação ambiental, a formação de um “sujeito ecológico” (CARVALHO, 2006) não é tarefa fácil e não ocorre de um dia para o outro. Envolve a construção permanente de saberes e valores, a internalização de conhecimentos e habilidades e a adoção de atitudes voltadas para a proteção do meio ambiente e a sustentabilidade.
Numa conjuntura de colapso ambiental as estratégias de ensino em educação ambiental se colocam diante da necessidade de transformação dos comportamentos em valores humanos que possam, de forma concreta, modificar a relação sociedade-natureza.
Daí, a necessidade e a importância da educação ambiental na transformação permanente das pessoas como parte da natureza, num processo contínuo de ambientalização (ACSELRAD, 2010) da sociedade.
Ao trazer uma coletânea com 30 estratégias – revisadas e autorais – propostas pelos autores, a obra se coloca como uma referência importante e um apoio didático para o ensino formal de educação ambiental, representando um guia instigante e necessário. Cada proposta está organizada em tópicos, sendo: introdução, materiais necessários, desenvolvimento, orientações complementares e resultados esperados, além de algumas dicas.
No contexto das propostas das estratégias de ensino, como importantes e necessárias ferramentas de ensino-aprendizado, o livro pode se colocar diante dos desafios gerados pela implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reforçando a possibilidade de uma abordagem da Educação Ambiental transversal e integrada a diferentes áreas do conhecimento, como Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, entre outras.
Vamos lá! Boas possibilidades estão aqui propostas para o ensino da educação ambiental!
Vicente Paulo dos Santos Pinto
Estratégias de ensino em educação ambiental para os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.110240407
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ISBN: 978-65-258-2611-0
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Palavras-chave: 1. Educação ambiental. 2. Ensino médio. 3. Biologia. 4. Química. I. Pires, Ariane Gravina. II. Marcolino, Cláudio Bruno. III. Pereira, Orcione Aparecida Vieira. IV. Título.
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Ano: 2024
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Número de páginas: 111