Pubicado em 03 de agosto de 2022.

Escrever um prefácio de um livro é uma atitude e uma tarefa que me causa uma alegria sem tamanho! Trata-se de conhecer uma obra em sua versão primeira, cheia de sonhos, antes de ser mostrada ao mundo.

Geralmente sou convidado a escrever apresentações e prefácios a trabalhos realizados por pessoas próximas a mim, à minha linha de pesquisa, aos meus estudos, ao meu universo acadêmico. Fico sempre muito feliz com a distinção que me conferem, sinto-me honrado em poder proceder assim e lograr participar desse singular momento de produção, de socialização de um texto, de uma obra, que sempre é a realização de um sonho, de uma intencionalidade afetiva – o que é de fato o substrato de todo escritor -, bem como de toda obra escrita. Escrever é entregar-se ao mundo, é revelar-se às pessoas, à sociedade, é deixar uma trilha de pistas sobre o que se ama, sobre o que você pensa e acredita, sobre a vida, a história, o mundo, a arte, enfim, o amor, o sofrimento, a cultura, entre tantas outras dimensões. Sempre considero corajoso quem escreve e quem entrega o que escreve ao conjunto da sociedade, numa obra sempre reveladora de seu autor, ou de seus autores ou protagonistas, de seus passos e descompassos, de suas intenções e propósitos.

Recebi o convite de Pedro Pompeo para prefaciar o seu livro, aqui destacado, sobre a responsabilidade do médico. Passo então, a relatar brevemente a minha experiencia de leitura. Após a apresentação do livro, iniciei a leitura do capítulo 2, no qual foi abordado aspectos históricos da medicina, que remonta desde os tempos bíblicos, foi uma leitura riquíssima, que trouxe uma visão perspectiva de como chegamos até aqui.

No capítulo 3, o autor entrou na esfera jurídica do erro médico. Aqui foi necessário conhecimento jurídico. Aqui destaco o trabalho do Doutor Jhonas Geraldo Peixoto Flauzino, que escreveu com maestria e objetividade. Sua escrita é reflexo da sua graduação e mestrado no Direito, que aliado aos conhecimentos médicos que obteve na sua segunda graduação, a de medicina, possibilitou uma leitura fluída e palatável.

Já no capítulo 4, temos a tão prometia aliança entre o conteúdo médico e jurídico, que conforme dito pelos autores “o direito e a medicina são ramos de um tronco comum”, como de fato são. Mas se isto é verdade, legitimo é que a ética é a mãe, a raiz, o cerne. Daí, a relação entre Medicina, Direito e Bioética.

Apesar de parecerem sinônimos, a Ética Médica, a Bioética e o Direito Médico são campos de estudos distintos. Porém, na prática médica, todos eles possuem aplicação e funcionalidade. Conhecer os princípios da Bioética, bem como os fundamentos da Ética

Médica são de grande valia para guiar condutas e elaborar defesas no campo do Direito Médico.

Trata-se de um livro acadêmico, pois é um texto cheio de reflexões, de conceitos extraídos de artigos e textos consagrados na literatura médica e jurídica. Nessa obra, enxergamos a neutralidade dos autores, que buscaram trazer fatos e conceitos consagrados na literatura. Portanto,

Eu recomendo a todos os pais, educadores, gestores, professores, estudantes, pesquisadores, enfim, a todas as pessoas que sabem nutrir esperanças de amor. A condição humana é sempre surpreendente e inovadora. Cada pessoa marca a história de nossa marcha histórica e cultural, e abre horizontes infindáveis de possibilidades e de originais emancipações.

Este livro é um convite.

Mariana Peixoto Pereira,

Campinas, outono de 2021