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IMPACTO AO SISTEMA AUDITIVO E VESTIBULAR EM PACIENTES PÓS-COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA

A pandemia gerada pelo vírus SARS-CoV-2 demonstrou um amplo espectro de condições clínicas que vão além do sistema respiratório, envolvendo sequelas no sistema auditivo e vestibular, as quais são frequentemente subestimadas. Entretanto, o conhecimento sobre sua prevalência, mecanismos fisiopatológicos e fatores de risco dessas sequelas ainda são fragmentados. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou reunir os conhecimentos atuais sobre o impacto da infecção no sistema auditivo e vestibular de pacientes pós-COVID-19, enfatizando os principais achados, as lacunas existentes e a urgência de futuros estudos. Dessa forma, foram utilizadas as bases de dados Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Sciencedirect, com os descritores "COVID-19", "otological" e "sequelae". Incluídos artigos entre janeiro/2020 a julho/2025. Após análise de 50 artigos, permaneceram 14 artigos que apontam uma alta prevalência de sintomas otológicos, como perda auditiva, zumbido e tontura. Tais estudos indicam que o sexo femininio e condições pré existentes são considerados fatores de riscos. Desse modo, sua fisiopatologia é multifatorial, envolvendo desde mecanismos de dano direto, como a neuropatia viral, até processos autoimunes e eventos isquêmicos. Nesse contexto, destaca-se a importância de uma avaliação audiológica objetiva para reconhecer danos subclínicos, sugere-se a vacinação como um efeito protetor contra essas sequelas. Portanto, diante da ausência de pesquisas longitudinais e do caráter recente da investigação científica, torna-se evidente que as sequelas otológicas emergem como um fator clínico associado à COVID-19. Em contraste a ideia central de manifestações transitórias, a persistência de sintomas e a ausência de dados epidemiológicos apontam para um cenário preocupante, indicando a necessidade de diagnóstico precoce e manejo clínico mais eficaz, com a intenção de reduzir o impacto a longo prazo na qualidade de vida desses pacientes.
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IMPACTO AO SISTEMA AUDITIVO E VESTIBULAR EM PACIENTES PÓS-COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.8208152516099

  • Palavras-chave: COVID-19; Otológicas; Sequelas.

  • Keywords: COVID-19; Otological; “Sequelae.

  • Abstract: The pandemic caused by the SARS-CoV-2 virus has demonstrated a broad spectrum of clinical conditions extending beyond the respiratory system, including sequelae in the auditory and vestibular systems, which are often underestimated. However, knowledge regarding the prevalence, pathophysiological mechanisms, and risk factors of these sequelae remains fragmented. The present study is an integrative literature review that aimed to compile current knowledge on the impact of infection on the auditory and vestibular systems in post-COVID-19 patients, emphasizing the main findings, existing gaps, and the urgency for future research. To this end, the databases Regional Portal of the Virtual Health Library (BVS) and ScienceDirect were used, with the descriptors "COVID-19," "otological," and "sequelae." Articles published between January 2020 and July 2025 were included. After analyzing 50 articles, 14 were selected, indicating a high prevalence of otological symptoms such as hearing loss, tinnitus, and dizziness. These studies suggest that female sex and pre-existing conditions are considered risk factors. Consequently, the pathophysiology of these sequelae is multifactorial, involving direct damage mechanisms, such as viral neuropathy, as well as autoimmune processes and ischemic events. In this context, the importance of objective audiological assessment to detect subclinical damage is highlighted, and vaccination is suggested as a protective factor against these sequelae. Therefore, given the lack of longitudinal studies and the recent nature of scientific investigation, it becomes evident that otological sequelae emerge as a clinically relevant aspect associated with COVID-19. In contrast to the prevailing idea of transient manifestations, the persistence of symptoms and the lack of epidemiological data indicate a concerning scenario, emphasizing the need for early diagnosis and more effective clinical management, with the goal of reducing long-term impacts on the quality of life of these patients.

  • Erick Antunes Fontoura
  • João Luiz Mendonça do Amaral
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