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A obra Orientações Práticas sobre Exames Laboratoriais para o Nutricionista contempla doze capítulos, os quais abordam os principais exames bioquímicos para avaliar o estado nutricional dos mais diversos nutrientes.
Além dos exames mais importantes, seus valores de referência e contraindicações, abordou-se as principais funções do nutriente, seus efeitos de deficiência e de toxicidade, e os públicos mais vulneráveis a desiquilíbrios do nutriente em questão. A seguir, é apresentado um resumo de cada capítulo.
O capítulo 1 aborda questões vinculadas à legislação e à solicitação de exames bioquímicos pelo nutricionista, incluindo quais tipos de exames podem ser solicitados e as informações que devem estar presentes na solicitação.
O capítulo 2 contempla os exames bioquímicos vinculados a carboidratos, os quais tendem a estar alterados em distúrbios glicídicos, como resistência à insulina e diabetes mellitus. Dentre eles, destacam-se: glicemia em jejum, glicemia pós-prandial, teste de tolerância oral à glicose (TTOG), hemoglobina glicada (HbA1c), insulinemia em jejum, peptídeo C e índices HOMA.
O capítulo 3 discorre sobre os exames bioquímicos vinculados a lipídios, os quais tendem a estar alterados nas dislipidemias e na esteatose hepática. Dentre eles, destacam-se: colesterol total e frações, triglicerídeos e enzimas hepáticas.
O capítulo 4 aborda os principais exames bioquímicos atrelados a proteínas, os quais tendem a estar alterados na desnutrição energético proteica, bem como as principais limitações de cada parâmetro e como aplica-los na prática. Dentre os exames abordados, destacam-se: albumina, pré-albumina, transferrina, proteína transportadora de retinol, proteínas totais, índice creatinina-altura, 3-metil-histidina e balanço nitrogenado.
O capítulo 5 discute os exames bioquímicos associados ao metabolismo do ferro e à anemia ferropriva, incluindo o hemograma, os índices hematimétricos, o ferro, a ferritina, a transferrina, a saturação de transferrina e a capacidade total de ligação do ferro, abordando quando e como associar esses parâmetros, e como interpreta-los.
O capítulo 6 contempla os exames bioquímicos vinculados ao metabolismo dos minerais cálcio e fósforo, e da vitamina D, a exemplo do cálcio sanguíneo e urinário, do paratormônio, da calcitonina, do fósforo sanguíneo e urinário, e da dosagem de calcidiol no sangue. Discute-se como esses parâmetros se correlacionam e se complementam.
O capítulo 7 aborda os exames laboratoriais vinculados ao metabolismo do iodo, a exemplo do iodo urinário, sanguíneo e salivar, bem como parâmetros associados ao funcionamento da tireoide, haja vista o vínculo entre o consumo de iodo e o papel dessa glândula. Dentre os exames abordados, destacam-se: hormônio estimulante da tireoide (TSH), tireoglobulina, anti-tireoglobulina (anti-TG), anti-tireoperoxidase (anti-TPO), tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4).
O capítulo 8 discute sobre os mais diversos parâmetros utilizados para avaliar o estado nutricional de minerais, haja vista que não há um único marcador entendido como padrão ouro, devendo-se solicitar uma combinação de parâmetros de modo a aumentar a acurácia da interpretação. Discutem-se sobre os minerais magnésio, zinco, selênio, cobre, cromo e manganês.
O capítulo 9 apresenta os marcadores laboratoriais para avaliação do estado nutricional dos principais eletrólitos do organismo humano – sódio, potássio e cloreto – bem como em quais situações solicitar tais exames, como associa-los e como interpretá-los.
O capítulo 10 discute os exames bioquímicos solicitados para avaliação nutricional das vitaminas lipossolúveis A, K e E, a exemplo das dosagens de retinol e proteína transportadora de retinol no sangue (vitamina A), de filoquinona sanguínea, tempo de protrombina, atividade do fator VII e excreção urinária de ácido carboxiglutâmico – GLA (vitamina K), e de alfa-tocoferol sanguíneo e correlacionado ao colesterol e lipídios totais (vitamina E).
O capítulo 11 aborda os exames laboratoriais solicitados para avaliação do estado nutricional das vitaminas hidrossolúveis (vitamina C e complexo B), trazendo mais de um marcador para cada nutriente, e como associa-los e interpreta-los, além dos públicos mais vulneráveis à deficiência e à toxicidade.
O capítulo 12 resume os principais marcadores do sistema imunológico, a exemplo do leucograma, das interleucinas e da Proteína C Reativa (PCR), bem como as situações em que esses parâmetros se alteram, dicas de como interpreta-los, seus valores de referência e suas limitações.
É possível perceber que o livro abarca os exames laboratoriais indicados para a avaliação do estado nutricional dos principais nutrientes, bem como demais parâmetros comumente solicitados na prática clínica. O intuito não é apenas pontuar quais são esses marcadores, os seus valores de referência e as suas limitações, mas também discutir sobre os públicos mais vulneráveis às alterações metabólicas, aos quais tais exames seriam direcionados.
Deve-se ter em mente que não há necessidade de solicitar cada um dos exames apresentados no livro para todos os pacientes, mas também não se deve deixar de solicitar exames importantes à compreensão do caso, senão a conduta nutricional não será precisa e efetiva. Cada paciente exigirá exames diferentes, de acordo com a individualidade do caso.
Como tudo na Nutrição, as palavras-chave são equilíbrio e individualidade – isso também se aplica à solicitação e à interpretação de exames laboratoriais.