ZUMBIDO EM PROFESSORES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
A exposição ao ruído ocupacional pode colaborar para o desenvolvimento de zumbido no adulto. Os professores estão enquadrados entre os profissionais que podem sofrer alterações auditivas devido às condições de trabalhos inadequadas como ruído ambiental, acústica ruim e cargas horárias extensas. O objetivo deste trabalho foi verificar estudos que abordem o zumbido em professores, com intuito de analisar sua prevalência, características específicas e consequências nessa população. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura com levantamento bibliográfico de textos publicados entre 2015 e 2020 em bases de dados indexadas como LILACS, SciELO e PubMed, com os seguintes descritores: zumbido, tinnitus, professores e teachers, intercalados pelo operador booleano “AND”. Três estudos foram revisados na íntegra, sendo, o primeiro de delineamento transversal-exploratório, o segundo de delineamento descritivo-transversal e o terceiro, um estudo de coorte. A amostra variou de 1468 professores no primeiro estudo para 57 professores no segundo, a 4718 professores no terceiro. A metodologia utilizada para a verificação do zumbido nos trabalhos selecionados foi a aplicação de questionários. No primeiro estudo houve uma prevalência de aproximadamente 74,7% dos professores com zumbido, no segundo, 15,8% e no terceiro, aproximadamente 18,2%. Nos três trabalhos o zumbido esteve associado a outros sintomas auditivos como sensibilidade à sons fortes e ao ruído, plenitude auricular, redução de acuidade auditiva, bem como, sintomas extra-auditivos: tontura, cansaço, ansiedade, cefaleia, estresse, diminuição do entendimento e concentração. Verificou-se que atuar como professor pode contribuir para o aparecimento de zumbido associado a outros sintomas auditivos e extra-auditivos colaborando para prejuízo na atividade laboral e qualidade de vida.
ZUMBIDO EM PROFESSORES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.4672129078
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Palavras-chave: Zumbido; Professor. Ruído
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Keywords: Teaching. Tinnitus. Nois
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Abstract:
Exposure to occupational noise can contribute to the development of tinnitus in adults. Teachers are classified among professionals who may suffer hearing changes due to inadequate working conditions such as environmental noise, bad acoustics and extensive workloads. The aim of this work was to verify studies that address tinnitus in teachers, in order to analyze its prevalence, specific characteristics and consequences in this population. A systematic review of the literature was carried out with a bibliographic survey of texts published between 2015 and 2020 in indexed databases such as LILACS, SciELO and PubMed, with the following descriptors: tinnitus and teachers, interspersed by the Boolean operator “AND” . Three studies were reviewed in full, the first with a cross-exploratory design, the second with a descriptive-cross-sectional design and the third, a cohort study. The sample ranged from 1468 teachers in the first study to 57 teachers in the second, to 4718 teachers in the third. The methodology used to verify tinnitus in the selected studies was the application of questionnaires. In the first study, there was a prevalence of approximately 74.7% of teachers with tinnitus, in the second, 15.8% and in the third, approximately 18.2%. In the three studies, tinnitus was associated with other auditory symptoms, such as sensitivity to loud sounds and noise, ear fullness, reduced auditory acuity, as well as extra-auditory symptoms: dizziness, tiredness, anxiety, headache, stress, decreased understanding and concentration. It was found that acting as a teacher can contribute to the appearance of tinnitus associated with other auditory and extra-auditory symptoms, contributing to impairment in work activity and quality of life.
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Número de páginas: 15
- Giovana Paladini Moscatto
- Patrícia Silva Giomo
- Priscila Carlos
- Glória de Moraes Marchiori
- Keren Cristina da Silva Vasconcelos
- Luciana Lozza de Moraes Marchiori
- Tayla Wana