VIVER A CIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO URBANO
A apropriação do espaço público na cidade ocorre por meio da relação existente entre os aspectos físicos do espaço, sejam eles naturais e/ou construídos, com as articulações dos interesses sociais e econômicos, bem como, desejos e intenções das pessoas, de se manifestarem favoráveis as possibilidades que determinados espaços lhe oferecem. A forma como muitos espaços urbanos são construídos, apresentam uma relação mais forte de pertencimento com a comunidade do que outras. Busca-se com este entender porque determinados espaços têm uma interação social mais estimulada e consequentemente são mais apropriados pela população e porque determinadas áreas parecem ser mais inseguras, e tendem a ser evitadas por pessoas com maior vulnerabilidade. Esse entendimento nos faz refletir como a apropriação dos espaços públicos ocorre nos Bairros urbanos, estrutura importante da cidade, pois é nele que a vida urbana acontece. Jane Jacobs (2014) descreve em sua obra que é essa combinação de usos que promovem a diversidade dos Bairros, e estes usos devem ter atividades que se voltem para as ruas para que estas tenham “olhos para as ruas” e favoreçam a segurança do lugar. O planejamento de bairro deve então ser definido de acordo com seu tecido, com a vida e a interação de usos que geram, e não somente por fronteiras formais, com comunidades fixas e inerentes. O presente trabalho tem por objetivo fazer uma análise de cunho exploratório de como ocorre à apropriação do espaço a partir da análise e comparação de dois modos de produção do espaço urbano, observados empiricamente. A análise do trabalho consistiu em uma vivência dos espaços com apropriação observada in loco e, levantamento fotográfico das áreas de intervenção, para se chegar a uma reflexão de como a forma física do lugar pode promover a apropriação pública de dois espaços urbanos de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil.
VIVER A CIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO URBANO
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DOI: 10.22533/at.ed.68422040219
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Palavras-chave: Viver a cidade, Espaços públicos urbanos, Apropriação do lugar e do espaço urbano, Pertencimento.
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Keywords: Living the city, Urban public spaces, Appropriation of place and urban space, Belonging.
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Abstract:
The appropriation of public space in the city occurs through the existing relationship between the physical aspects of the space, whether natural and/or built, with the articulation of social and economic interests, as well as people's desires and intentions, to manifest themselves in favor the possibilities that certain spaces offer you. The way in which many urban spaces are built present a stronger relationship of belonging to the community than others. With this understanding, we seek to understand why certain spaces have a more stimulated social interaction and are consequently more appropriated by the population and why certain areas seem to be more insecure, and tend to be avoided by people with greater vulnerability. This understanding makes us reflect on how the appropriation of public spaces takes place in urban neighborhoods, an important structure of the city, as it is there that urban life takes place. Jane Jacobs (2014) describes in her work that it is this combination of uses that promote the diversity of neighborhoods, and these uses must have activities that focus on the streets so that they have “eyes for the streets” and favor the safety of the place. Neighborhood planning must then be defined according to its fabric, with the life and interaction of uses it generates, and not just formal boundaries, with fixed and inherent communities. The present work aims to make an exploratory analysis of how the appropriation of space occurs, based on the analysis and comparison of two modes of production of urban space, empirically observed. The analysis of the work consisted of an experience of spaces with appropriation observed in loco and a photographic survey of the intervention areas, to reach a reflection on how the physical form of the place can promote the public appropriation of two urban spaces in Florianópolis - Santa Catarina – Brazil.
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Número de páginas: 14
- Anicoli Romanini
