VITÓRIAS E DERROTAS: ANITA MALFATTI NA HISTÓRIA DO MODERNISMO PAULISTA
Resumo: O estudo Vitórias e Derrotas: Anita Malfatti na história do modernismo Paulista, por meio de pesquisa bibliográfica, abordou a dissertação Fantasmas do Modernismo Paulista (2018), defendida no curso de mestrado em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O objetivo deste estudo foi demonstrar como as abordagens históricas dos jovens modernistas possibilitaram ofuscamento da obra de Malfatti produzida entre 1915-1916, dificultando a valorização de sua contribuição estética ao desenvolvimento do Modernismo Paulista depois de 1922. A pesquisa foi ancorada teoricamente nas obras Diante da Imagem: questão colocada aos fins de uma história da arte (2013a) e Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens (2015), de Georges Didi-Huberman. A partir das análises das obras de Anita Malfatti, de Tarsila do Amaral e de Van Gogh, demonstrou-se que o uso do método de composição Sobrevivência Inversa, que inverte o sentido diagonal da composição, permitiu à Anita realizar interpretações da obra de Vincent nos anos de 1915-1916. Demonstrou-se também que na segunda metade de 1922, Anita Malfatti foi a professora modernista de Tarsila, que voltava de estudos acadêmicos em Paris. Demonstrou-se ainda que em 1923 Tarsila realizou interpretações da obra de Anita, entre elas o Retrato Azul, derivado da Sobrevivência Inversa de O homem amarelo de Malfatti. Por último demonstrou-se que em 1924, segundo Chiarelli (1995), Mário de Andrade iniciou a história do modernismo paulista. Contudo, não conseguiu interpretar a obra de Malfatti e a descartou como acadêmica, elegendo a obra de Tarsila como símbolo do modernismo defendido na Semana de Arte Moderna de 1922, o que confundiu a compreensão de que os conhecimentos e as técnicas artísticas de Anita Malfatti foram fundamentais para o desenvolvimento da pintura modernista paulista depois de 1922.
VITÓRIAS E DERROTAS: ANITA MALFATTI NA HISTÓRIA DO MODERNISMO PAULISTA
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DOI: 10.22533/at.ed.5552110069
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Palavras-chave: Anita Malfatti. Pintura Modernista. Tarsila do Amaral.
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Keywords: Anita Malfatti. Modernist Painting. Tarsila do Amaral.
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Abstract:
Abstract: The study Victories and Defeats: Anita Malfatti in the history of Paulista modernism, addressed the thesis Fantasmas do Brazilian Modernismo (2018), defended in the Master's course in Visual Arts at the Federal University of Rio de Janeiro by Eliane Honorata da Silva. The aim of this study was to demonstrate how the historical approaches of young modernists made it possible to overshadow Malfatti's work produced between 1915-1916, making it difficult to appreciate his aesthetic contribution to the development of Modernism in São Paulo after 1922. The research was theoretically anchored in the works Diante da Imagem: a question put to for the purpose of a history of art (2013a) and Diante do Tempo: history of art and anachronism of images (2015)), by Georges Didi-Huberman. From the analysis of the works of Anita Malfatti, Tarsila do Amaral and Van Gogh, it was demonstrated that the use of the Inverse Survival composition method, which inverts the diagonal sense of the composition, allowed Anita to perform interpretations of Vincent's work in the years 1915-1916, It was also shown that in the second half of 1922, Anita Malfatti was Tarsila's modernist teacher, who was returning from academic studies in Paris. It was also shown that in 1923 Tarsila performed interpretations of Anita's work, including the Blue Portrait, derived from the Inverse Survival of The Yellow Man by Malfatti. Finally, it was demonstrated that in 1924, according to Chiarelli (1995), Mário de Andrade started the history of São Paulo modernism. However, he was unable to interpret Malfatti's work and discarded it as academic, choosing Tarsila's work as a symbol of modernism defended at the Modern Art Week of 1922, which confused the understanding that Anita Malfatti's artistic knowledge and techniques were fundamental for the development of modernist painting in São Paulo after 1922.
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Número de páginas: 15
- Eliane Honorata da Silva
