VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA SOB O OLHAR DAS MULHERES: ANÁLISE DE DISCURSO
Objetivo: compreender a percepção de violência obstétrica por mulheres assistidas durante o trabalho de parto e parto em instituições públicas ou conveniadas ao SUS, de uma cidade da Bahia. Método: estudo qualitativo, do tipo exploratório. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada no período de julho a setembro de 2014 e analisados por meio da técnica de análise do discurso segundo Fiorin. Resultados: Compreendeu-se, nos discursos, a presença de práticas consideradas violentas, de diversos tipos, perpetradas por profissionais de saúde, no período parturitivo. Embora as entrevistadas se sintam agredidas de alguma maneira, elas têm dificuldade de reconhecer que foram violentadas, ou de denominar determinadas atitudes dos profissionais como sendo violência. Conclusão: O baixo nível de informação das mulheres e a vulnerabilidade que o período parturitivo implica levam à dificuldade de reconhecer maus tratos no trabalho de parto e parto como violência.
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA SOB O OLHAR DAS MULHERES: ANÁLISE DE DISCURSO
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Palavras-chave: Violência contra a mulher; Saúde da mulher; Enfermagem obstétrica; Parto Obstétrico; Gênero e saúde.
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Keywords: Violence against women; Women’s health; Obstetric Nursing; Delivery; Gender and Health
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Abstract:
Objective: Understand the perception of obstetric violence by women assisted during obstetric labor and parturition in public institutions of Feira de Santana, Bahia. Methods: A qualitative study, of exploratory type. The data were collected through semi-structured interview and they were analyzed through discourse analysis technique according Fiorin (2003). Results: It was found in all the evidences, the presence of practices considered violent, of various types, perpetrated by health professionals, in the birth period. Conclusions: Although women in most cases feel assaulted in some way, they have difficulty in recognizing who were assaulted, or call certain attitudes of professionals as violence. Asymmetric relationships between professionals and users and the vulnerability that the parturitive period implies lead to the difficulty of recognizing abuse in labor and childbirth as violence.
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Número de páginas: 18
- Milena Pereira Costa
- Zannety Conceição Silva do Nascimento Souza
- Maria Aparecida Prazeres Sanches
- Rita de Cássia Rocha Moreira
- ANA JAQUELINE SANTIAGO CARNEIRO