Violência e Memória como matrizes para identidades no Século XX
A emergência da memória como
elemento chave para a compreensão da
história do século XX, em especial, marcada
por processos sociais e políticos traumáticos
trouxe à tona um desafio contra a hegemonia
das grandes instituições produtoras de história.
Mesmo a figura do historiador parece se
inclinar para ouvir e compreender o tempo da
vítima. Ao mesmo tempo em que a construção
de monumentos e memoriais sugerem uma
constante luta para perpetuar e significar a
memória de uma sociedade que tende a se
desfazer de suas lembranças, o protagonismo
da testemunha na contemporaneidade tornou
a elaboração de narrativas sobre o passado
uma tarefa policêntrica. Pretendemos no
estudo que se segue contemplar as principais
posições tomadas especialmente por ensaístas
e historiadores sobre como a história, enquanto
campo do saber, deve se relacionar com a
memória e seus decorrentes, assim como
analisar os meios pelos quais as experiências
traumáticas do século XX, como as guerras
e genocídios, foram reelaborados com a
finalidade de favorecer uma narrativa coesa e
formadora de identidades.
Violência e Memória como matrizes para identidades no Século XX
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DOI: 10.22533/at.ed.6001923088
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Palavras-chave: Memória,Trauma, História Contemporânea, Identidades.
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Keywords: Memory, Trauma, Contemporary History, Identities.
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Abstract:
The emergence of memory as a
key element for the understanding of the history
of the twentieth century, especially marked by
traumatic social and political processes, has
brought a challenge against the hegemony of
the great institutions that produce history. Even
the figure of the historian seems inclined to
listen and understand the time of the victim. At
the same time as the elaboration of monuments
and memorials suggest a constant struggle
to perpetuate and signify the memory of a
society that tends to discard its memories, the
protagonism of the contemporary witness has
made the elaboration of narratives about the
past a polycentric task. In the following study,
we intend to contemplate the main positions
taken especially by essayists and historians as
to how history, as a field of knowledge, must
relate to memory and its consequences, as well
as to analyze the means by which the traumatic
experiences of the twentieth century, such wars
and genocides, were reworked for the purpose
of favoring a cohesive and identity-forming
narrative.
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Número de páginas: 15
- Lucas de Mattos Moura Fernandes