VIOLÊNCIA DE ESTADO NO BRASIL: UMA ANÁLISE PSICOSSOCIAL DAS NARRATIVAS E MEMÓRIAS COLETIVAS DOS CRIMES DE MAIO DE 2006
O presente projeto procura entender a construção da dimensão ético-política da Memória Coletiva da Violência de Estado ocorridas no Brasil e das Narrativas de História de Vida do movimento Mães de Maio de 2006, a partir das categorias de análises da psicologia sócio-histórica. Precisamos entender como foram sendo constituídas as subjetividades dos sujeitos expostos a uma condição de “redemocratização ideologizada” (pois no Brasil as providências estatais - tais como a anistia e a justiça de transição - não suscitaram êxito). Busca-se investigar como a estrutura ético-política da ação da memória social a respeito das ações de Violência de Estado, implicam na subjetividade das narrativas e das histórias de vida (retiradas do último livro publicado pelas mães) no presente. O que a maioria da sociedade compreende sobre Violência de Estado vem acompanhada da visão distorcida de “redemocratização ideologizada” e sabemos que sem atuação de Justiça de transição, a visão sobre a memória social do país torna-se distorcida. É preciso entender, onde o “esquecimento forçado” (silenciado) dessa história, cruza a esquina da resistência ou da luta pelo direito à memória, a verdade e a justiça? Esquecimento e memória estão imbricados. Toda memória revela o que não pode ser esquecido e esquece ou sufoca o que não pode ser revelado, daí não há dúvida de que toda memória é política e seletiva e de que esta seleção está relacionada ao uso político que fazemos dela. Esta investigação pretende analisar como a incorporação da dimensão subjetiva da memória da Violência de Estado implica/implicou em ações de luta por justiça social e/ou ações políticas das Mães de Maio de 2006, até mesmo para nos debruçarmos sobre alguns porquês da banalização e da disputa da atual memória social e política do Brasil.
VIOLÊNCIA DE ESTADO NO BRASIL: UMA ANÁLISE PSICOSSOCIAL DAS NARRATIVAS E MEMÓRIAS COLETIVAS DOS CRIMES DE MAIO DE 2006
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DOI: 10.22533/at.ed.18320170615
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Palavras-chave: Violência de Estado, Memória Coletiva, Crimes de Maio, Subjetividade Revolucionária, Justiça de Transição.
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Keywords: State Violence, Collective Memory, Crimes os May, Revolucionary Subjectivity, Transitional Justice.
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Abstract:
This project seeks to understand the construction of the ethical-political dimension of the Collective Memory of State Violence that occurred in Brazil and of the Life History Narratives of the Mothers of May 2006 movement, based on the categories of analysis of socio-historical psychology. We need to understand how the subjectivities of subjects exposed to a condition of “ideologized redemocratization” were constituted (since in Brazil, state measures - such as amnesty and transitional justice - have not provoked success). We seek to investigate how the ethical-political structure of social memory action regarding State Violence actions, imply the subjectivity of narratives and life stories (taken from the last book published by the mothers) in the present. What the majority of society understands about State Violence is accompanied by the distorted view of “ideologized redemocratization” and we know that without transitional justice, the view on the country's social memory becomes distorted. Is it necessary to understand, where the “forced forgetting” (silenced) of this story, crosses the corner of resistance or the struggle for the right to memory, truth and justice? Forgetfulness and memory are interwoven. Every memory reveals what cannot be forgotten and forgets or stifles what cannot be revealed, so there is no doubt that all memory is political and selective and that this selection is related to the political use we make of it. This investigation intends to analyze how the incorporation of the subjective dimension of the memory of State Violence implies/implied in actions in the fight for social justice and/or political actions of the Mothers of May 2006, even to address some of the reasons for trivialization and dispute of the current social and political memory of Brazil.
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Número de páginas: 15
- Naiara Roberta Vicente de Matos
