“Vim para sofrer as influências do tempo / E para afirmar o princípio eterno de onde vim”: a ressignificação do sagrado em Murilo Mendes
A obra poética Tempo e eternidade,
publicada por Murilo Mendes em 1935, pode
ser lida como promotora de diálogo entre o
modernismo e a tradição bíblico-cristã. O livro,
elaborado em parceria com o poeta Jorge de
Lima, tinha, em sua primeira edição, a epígrafe
“restauremos a Poesia em Cristo”. Assim,
a publicação pretendia efetivar esforços da
intelectualidade católica brasileira com vistas à
reelaboração da experiência e da significação
do sagrado na primeira metade do século
XX no país. A partir das reflexões críticas de
José Guilherme Merquior, Laís Corrêa de
Araújo, Octávio Paz, Mircea Eliade e outros
teóricos, verificou-se como se deram esses
esforços de associação entre a linguagem
poética modernista e a linguagem religiosa
cristã, refletindo-se sobre os efeitos dessa
aproximação. Nesse sentido, sugere-se um
exercício de leitura dos poemas murilianos
presentes em Tempo e eternidade, abarcando
três movimentos do livro, a saber: o mundo
caído, o mundo em Cristo e o mundo vindouro.
Desse modo, propõe-se que, mediante esta
chave de leitura, compreenda-se o percurso da
restauração poética proposto no mote original.
“Vim para sofrer as influências do tempo / E para afirmar o princípio eterno de onde vim”: a ressignificação do sagrado em Murilo Mendes
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DOI: 10.22533/at.ed.6811924011
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Palavras-chave: Literatura. Sagrado. Murilo Mendes. Poesia. Modernismo.
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Keywords: atena
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Abstract:
atena
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Número de páginas: 15
- Edson Munck Jr